Simpósio sobre Autismo reúne profissionais de educação municipal e encerra jornada mensal de conscientização

• Atualizado há 3 semanas ago

O mês de abril tem um significado especial para quem trabalha na luta pela conscientização do autismo. No Abril Azul, como é conhecido, sao intensificadas ações no mundo inteiro para chamar a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro Autista(TEA).

A Prefeitura de Belém possui 3.127 estudantes com deficiência matriculados na Rede Municipal de Ensino de Belém (RMEB), dos quais 1.866 com TEA.  A Secretaria Municipal de Educação (Semec) realiza várias programações envolvendo a comunidade escolar e profissionais da educação.

Foram feitas caminhadas em Belém, Mosqueiro e nas escolas municipais, palestras sobre o TEA e formação permanentes para professores, coordenadores e diretores das escolas da rede neste mês de abril e em outros períodos.

Conscientização e qualificação aos profissionais de educação

Para encerrar esse ciclo de ações de conscientização sobre o autismo, a Prefeitura, através do Centro de Referência e Inclusão Escolar (CRIE) promoveu nesta sexta-feira, 26, no auditório do Ismael Nery, no Centur, o 2º Simpósio Municipal em Alusão ao mês de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista para servidores e coordenadores da Semec, professores novos das salas  de recurso multifuncionais e acompanhantes especializados.

Barreiras – O evento abriu um debate científico para dar uma resposta cada vez mais especializada aos estudantes  com TEA. Durante a programação, que contou com mais de 700 participantes, a psicóloga Márcia Cristina Santos ministrou a palestra sobre as barreiras sociais à inclusão, tendo o capacitismo como foco. Já a fonoaudióloga, Ana Karoline Matos, ministrou sobre os principais problemas da linguagem na criança com autismo. 

No período da tarde, uma mesa-redonda debateu sobre “os desafios e possibilidades no mercado de trabalho para pessoas com autismo”, que contou com  a participação do tecnólogo em Rede de Computadores, Lucas André Moraes do Couto; do tecnólogo da informação, Alexandre Ramos Dias; com a mediação do professor Edmilson Lima, que coordena o Programa de Atendimento Educação ao TEA.

Arte da inclusão

Nos intervalos da programação foram realizadas várias intervenções culturais com o grupo de dança do CRIE ” Frutos da Inclusão”, do cantor autista Kauê Oliveira da Silva e o programa Artes Cênicas Expressão e Inclusão. 

“Essa discussão é muito válida, como  a psicóloga( Márcia Santos) falou, antigamente nós tínhamos uma visão meio embaçada (sobre TEA), parecia que todo mundo era igual e, na verdade existem muitos diferenciais, cada caso é um caso. Nós educadores precisamos saber disso e conhecer para garantir uma educação integral para esse criança com autismo” explicou a professora Ana Selma Cunha da Coordenação de Ensino Fundamental.

O diretor geral da Semec, Diogo Sousa, que representou a secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, explicou que a programação faz parte de uma política pública que a Prefeitura de Belém desenvolve para garantir a permanência do estudante com deficiência na escola.
 
“Por decisão do prefeito, nós estamos construindo e implantando uma política pública efetiva, que garanta inclusão, diversidade e principalmente garanta a permanência dos estudantes com deficiência em sala de aula. Para isso, não estamos medindo esforços nas reformas e construções dos espaços educacionais, contratação de novos profissionais de educação e formação permanente de todos os profissionais da rede de ensino”, afirmou Diogo.

Apoio – Durante o evento, no hall de entrada do auditório Ismael Nery, foi montada uma feira com produtos produzidos pelas mães de crianças com deficiência, que participam do projeto “Mães que brilham, cuidando de quem cuida”.

Esse projeto foi criado pelo CRIE para despertar o empreendedorismo nas mulheres que têm filhos com deficiência matriculados na RMEB. Agora, em maio, as mães do projeto “Mães que brilham, cuidando de quem cuida”, vão ganhar apoio do Banco do Povo da Prefeitura de Belém.

Integração – A coordenadora do CRIE, Tatiana Maia, explica que a inclusão do estudante com deficiência passa pela parceria de todos os setores da Secretaria de Educação e de outras áreas da gestão municipal.

“Eu quero agradecer aos coordenadores da Semec, a Funpapa, a Sesma, ao Cetec e ao Banco do Povo pelo apoio, porque sem parceria não há inclusão. Nossos estudantes precisam de educação, saúde, assistência e só através da parceria é possível fazer uma inclusão de qualidade na rede municipal”, conclui a coordenadora.

Texto:

Luis Miranda

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