I Seminário da Educação do Campo reúne comunidade escolar em debate sobre diretrizes para a sustentabilidade

• Atualizado há 2 semanas ago

A entoação da frase “educação do campo é direito e não esmola” marcou o início do 1º Seminário de Educação do Campo, das Águas e das Florestas, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Coordenação da Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Coecaf), vinculada à Secretaria Municipal de Educação (Semec).

Com o tema “Construindo uma Política Municipal de Educação do Campo das Águas e das Florestas”, o seminário reuniu profissionais da educação, representantes de instituições de ensino e membros da comunidade escolar. 

O encontro foi realizado nesta terça-feira, 16, no auditório do setor profissional da Universidade Federal do Pará (UFPA), contou com palestras, momentos de diálogos e trabalhos em grupo, proporcionando um espaço de interação e reflexão sobre a importância da educação para o campo, as águas e as florestas. O objetivo central foi traçar diretrizes e políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável, a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades rurais.

Atualmente a Semec possui nove escolas que atuam nas ilhas de Belém, totalizando 1.342 estudantes na educação do campo.

Política da educação

A secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, participou da mesa de abertura explanando sobre a valorização e respeito na educação do campo de Belém. “Nossa gestão está firme na garantia de direito da educação do campo, por meio da condução pedagógica e o investimento da infraestrura de nossas unidades escolares presentes no campo, nas águas e florestas. Isso mostra o compromisso de nossa gestão, respeitando nossas diretrizes curriculares”, afirmou Araceli.

O coordenador da Coecaf, Jenijunio Santos enfatizou sobre o coletivo que colabora cotidianamente para os avanços de uma educação pública de qualidade nos diversos territórios da rede municipal de Belém.

“Hoje é um dia histórico, construindo a educação do campo em nossa município. É o nosso primeiro seminário da educação do campo. Isso nos orgulha, pois vemos o diálogo do governo municipal com os diversos territórios, portanto, avançamos por sermos um coletivo entre crianças, professores, barqueiros e outros sujeitos, que colaboram em prol deste momento e pela educação do campo, das águas e das florestas”, pontuou Jenijunio.

Comunidade escolar

A estudante, Maria Eduarda Gomes, do 8º ano da Escola Municipal do Campo (EMEC) São José, participou da mesa de abertura e  pediu à diretora da instituição para partilhar a experiência do seminário.

“É um momento importante, pois podemos dizer das coisas que precisam melhorar em nossa educação e a importância da educação do campo. Além disso, eu me senti valorizada, pois eu pude participar e falar o que acho”, informou Maria Eduarda.

Diretor da EMEC Sebastião Quaresma, José Marques, atua na educação do campo há 13 anos e expôs a importância do evento para a educação municipal. “Este evento traz uma mobilização para construir a educação do campo, mas também é um momento de escuta de quem vive nesses territórios e espaços, pois não adianta somente o corpo diretivo da escola, é importante convidar todos os que estão e conhecem a realidade das crianças, adolescentes, jovens e adultos nesse processo de construção coletivo”, contou José Marques.

Palestras

A professora Márcia Bittencourt foi uma das palestrantes e expôs os principais pontos como o componente curricular da educação do campo para transformação escolar. “Precisamos apoiar a educação que envolva a arte, química, física, biologia e outras disciplinas a partir da realidade concreta dos sujeitos. Trouxemos experiências de escolas transformadas no Brasil, como no Ceará, Paraná e Mato Grosso para o nosso estado e para além do que já foi feito pela Prefeitura de Belém”, declarou.

Educação do Campo

A Coecaf está alinhada ao plano da Prefeitura de Belém de viabilizar uma educação transformadora, que afirma a pluriversidade de gênero, etnia, raça e de territorialidade com a consolidação de um currículo vivo, que reconheça as identidades das escolas amazônicas, associadas à produção da vida, ao conhecimento escolar e à cultura da região. 
 

Texto:

Leandro Muller

Veja também

Skip to content