Projeto “Minha Escola tem História” destaca curiosidades que identificam as escolas municipais de Belém

• Atualizado há 3 semanas ago

O projeto “Minha Escola tem História” surgiu no início da gestão municipal, em 2021. A ideia era contar a história das escolas por meio de curiosidades que identificavam cada unidade educativa. Foi assim que surgiu o projeto, coordenado pela Assessoria de Comunicação (Ascom) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que deu os primeiros passos e foi interrompido em decorrência de outras muitas demandas que exigiam atenção prioritária da Ascom. Por isso, ele foi arquivado, mas não esquecido.

Neste dia 28, quando é celebrado o Dia da Educação, vamos contar as histórias e lendas que povoam o imaginário da comunidade escolar. O ponto de partida será a unidade de ensino mais antiga da rede. Com 77 anos de fundação, a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Professora Ernestina Rodrigues é a primeira escola municipal de Belém. Ela foi fundada no dia 25 de março de 1947 e inaugurada no dia 2 de junho do mesmo ano. À época, se chamava Escola Municipal Franklin Roosevelt, em referência ao ex-presidente dos Estados Unidos. Naquele tempo, era comum homenagear presidentes norte-americanos.

 A Ernestina Rodrigues funciona na Passagem Alberto Engelhard, no bairro de São Brás, a antiga Vila Teta. A fachada é um grande chalé, lembra os grandes casarios europeus e arquitetura original preservada: pé direito alto, piso de azulejos portugueses e o telhado com traços da arquitetura francesa. Antes, no local, funcionou um mercado com as mesmas características arquitetônicas que possui a escola hoje. Era conhecido como Mercado Municipal da Vila Teta, o primeiro de Belém. Na gestão do prefeito Alberto Engelhard, o prédio sofreu algumas modificações internas, e foi adaptado para o funcionamento da escola.

Visagens e assombrações – O diretor da escola, professor Carlos Alberto Ramos, primeiro homem a dirigir a unidade ao longo desses mais de sete séculos de existência da Ernestina, conta causos de arrepiar os mais descrentes, que ouviu de antigos porteiros e da vizinhança. “Todos por aqui comentam sobre visagens, assombrações, cantorias e sobre uma senhora que sempre passeia entre os espaços da escola”, revela o diretor. E segue o relato: “visões de personagens vestidos com roupas da época como se estivessem em um grande baile. São casos que despertam a curiosidade e se perpetuam por gerações”, completa Ramos.

Hoje a escola atende 235 alunos, nos turnos da manhã, com turmas do Jardim II à 5ª série. Sua infraestrutura é dotada de salas de Informática e de Atendimento Educacional Especializado (AEE), seis salas de aulas, biblioteca, quadra esportiva coberta, escovódromo e pátio.

Escola preserva dois pés de pau-brasil 

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Terezinha Souza, no Castanheira, o destaque fica por conta das ações de preservação de dois pés de pau-brasil que enfeitam o espaço escolar com sua floração exuberante e guardam a memória de um país.

Conta a nossa história que essa árvore foi responsável por inspirar os portugueses a nomear a nova terra Brasil. A Terezinha Souza, guardiã desta preciosidade em extinção por causa da exploração predatória da espécie, foi fundada em 20 de janeiro de 2000, e nestes 24 anos cuida com amor destes exemplares de verde como o raro tesouro que é.

Escola reformada – Ao longo deste tempo, a escola passou por duas reformas e hoje conta com nove salas de aula, salas de professores, informática e de recursos multifuncionais, biblioteca, secretaria, direção e coordenação pedagógica. Ela atende 476 alunos, distribuídos na sede e no Anexo, na faixa etária de 4 a 17 anos.

“Orientamos os estudantes sobre a importância da preservação e do desenvolvimento sustentável para a nossa saúde e do planeta. Essas duas raridades intactas (dois pés de pau-brasil) dizem muito sobre o resultado desse nosso trabalho”, pontua a diretora da escola, Sandra Suely Gomes.
 

Texto:

Silvia Sales

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