Estudantes da rede municipal participam de atividades alusivas ao Dia Mundial da Água no Utinga

• Atualizado há 6 anos ago
Os alunos aprenderam que o Complexo do Utinga é composto por um sistema de captação no rio Guamá, que depois conduz essa água por uma grande tubulação até o lado Água Preta e depois ao lago Bolonha.

O adolescente José Vinícius, de 13 anos, olhava e escutava com muita atenção a explicação do engenheiro sanitarista Raimundo Maciel, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), sobre como é feita a captação e o tratamento da água que é distribuída a 70% da população da Região Metropolitana de Belém.

A visita à Estação de Tratamento de Água do Lago Bolonha, que compõe o Complexo do Utinga, fez alusão às celebrações pelo Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março. Dando continuidade às atividades alusivas a esse dia, na manhã desta quinta-feira, cerca de 80 estudantes de quatro escolas municipais da rede pública em Belém – Parque Amazônia, Parque Bolonha, Terezinha Souza e Rui da Silveira Brito – foram conhecer, em uma visita monitorada, o sistema de captação de água em Belém, que é feito pela Cosanpa, além de fazerem uma caminhada pelas alamedas do novo Parque Estadual do Utinga (PEUt).

A visita também é produto de uma parceria entre a Cosanpa e a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), dentro de um projeto desenvolvido pela Cosanpa há dez anos. Esse projeto leva conhecimento sobre educação ambiental aos estudantes, seja trazendo-os para visitas ao Complexo do Utinga, seja levando os técnicos da companhia para palestras nas escolas.

Conferência – A programação da visita desta quinta-feira está dentro das atividades do projeto “V Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil, Cuidando das Águas”, que está sendo desenvolvido nas escolas do município de Belém.

Alunos aprenderam que uma parte da água captada é tratada diretamente na Estação de Tratamento do Lagoa Bolonha e outra parte segue para a Estação de Tratamento de São Brás.

José Vinícius foi um dos mais atentos às explicações dos técnicos. Aluno do 9º Ano na escola Parque Amazônia, o menino disse que não ter água potável será muito prejudicial a todos, no futuro. “Eu gostei muito da explicação do engenheiro de como a água chega na nossa casa, porque eu não tinha a menor ideia de como era feita. Acho que quando se sabe como tudo é feito aqui, a gente aprende a valorizar mais a água que recebemos e a não desperdiçar”, afirmou o menino.

Os professores Maurício Maia e Marili Saraiva, diretores das escolas Terezinha Souza e Parque Bolonha, respectivamente, acompanharam os alunos nas atividades e explicaram que essa visita ao Complexo do Utinga foi muito importante, porque as duas escolas ficam localizadas muito próximas ao Complexo. “As escolas ficam tão próximas daqui, que quatro de nossos alunos vieram a pé de suas casas”, disse Marili, da escola Parque Bolonha, que fica no bairro de Águas Lindas.

“O que queremos enfatizar aos alunos, com esta visita, é que a água é um elemento renovável na natureza, mas que, se não for bem cuidada, pode acabar. Estamos trabalhando esse assunto nas salas de aula. A culminância do projeto será na terça-feira, dia 27. Na segunda-feira, ainda teremos a presença de um técnico da Cosanpa que vai na nossa escola dar uma palestra. No dia seguinte, os alunos vão apresentar o resultado das pesquisas dos alunos. Esse trabalho e o das outras escolas vão fazer parte do projeto V Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente”, comentou o professor Maurício Maia.

Tratamento – Na Estação de Tratamento de Água do Lago Bolonha, o engenheiro sanitarista Raimundo Maciel mostrou e explicou os processos pelos quais a água captada diretamente do rio Guamá, chega completamente tratada a 70% da população da Grande Belém.

A visita à Estação de Tratamento de Água do Lago Bolonha, que compõe o Complexo do Utinga, fez alusão às celebrações pelo Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 de março.

O Complexo do Utinga é composto por um sistema de captação no rio Guamá, que depois conduz essa água por uma grande tubulação até o lago Água Preta e depois ao lago Bolonha. Na Estação de Tratamento do Lago Bolonha, uma parte dessa água é tratada diretamente nessa estação, e outra segue para a Estação de Tratamento de São Brás.

A Estação do Lago Bolonha começou a funcionar em 1986, mas em 2010, uma nova etapa da estação também entrou em funcionamento. O Bolonha tem capacidade e fazer o tratamento de 5 metros cúbicos de água por segundo. As fases de tratamento são a coagulação, turbilhonamento, floculação, filtração e decantação. Após o tratamento e antes de ser bombeada às estações elevatórias de distribuição de água, espalhadas pela cidade de Belém, essa água fica armazenada em uma cisterna com capacidade para 10 milhões de litros de água.

A água tratada no Estação do Lago Bolonha é bombeada para cinco setores de distribuição do líquido nos bairros da Sacramenta, São Brás, Terra Firme, Jurunas e Pedreira, chegando assim às residências dos moradores.

Copos de água – O tratamento de água na Estação do Lago Bolonha é tão eficaz que no ano passado, o Governo do Estado, por meio da Cosanpa, criou o projeto Águas do Utinga, que é o produto de uma envasadora que fica no proprio Complexo. A água tratada na Estação passa por mais uma fase de purificação e é envasada em copinhos plásticos de 300 ml, cada.

Esses copinhos de água já foram distribuídos, de graça, à população no Círio do ano passado e também são entregues nas caminhadas promovidas no Parque do Utinga pelo Governo do Estado, como a que foi feita no último sábado, dia 17, na qual foram distribuídas mais de 16 mil unidades do produto.

 

O Dia Mundial da Água foi criado em 1992 e nasceu em uma Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas (ONU), objetivando que o dia 22 de março seja de ações de conscientização da importância e do uso racional e responsável da água.

Por Dedé Mesquita

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