Servidores municipais passam por qualificação para o melhor acolhimento da comunidade LGBTI+

• Atualizado há 1 mês ago

“Participar hoje dessa formação específica para servidores da Prefeitura de Belém, trazendo uma temática sobre questão de gênero é fundamental, porque é o servidor que faz a recepção da população nos órgãos municipais. Somos nós que primeiro fazemos esse acolhimento e quanto maior o conhecimento tivermos sobre essa temática, mais há qualidade no atendimento”. A declaração é da pedagoga, Rosana Mesquita, servidora da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que participou nesta quarta-feira, 20, da formação de servidores municipais, na sede da Secretaria Municipal de Administração (Semad).  

A formação continuada é uma iniciativa da Prefeitura de Belém, realizada por meio da Semad, sob a coordenação da Escola de Gestão Pública e da Universidade Livre da Amazônia (Ulam), e apoio da Coordenadoria da Diversidade Sexual (CDS). E nesse terceiro encontro, o convidado foi o ativista Marcos Melo, da ONG Olívia, que tem como pauta de luta a garantia dos direitos da população LGBTI+.

Para o coordenador adjunto da Ulan, Marco Carrera,  hoje a sociedade tem uma realidade plural e o serviço público não pode ficar alheio. “Precisamos, de forma permanente, contextualizar esses diálogos no funcionalismo público, porque cada vez mais segmentos, anteriormente, excluídos eram alijados de um acolhimento adequado e humanizado nos órgãos públicos”, observou. 

Segundo a coordenadora da CDS, Jane Gama, o Brasil é o quarto país do mundo que mais mata transexuais e mudar a mentalidade, a partir da estrutura por onde mais passa a população, pode fazer a diferença na sociedade. “A formação é capaz de fazer com que os servidores desenvolvam um olhar acolhedor em relação ao grupo LGBTI+. Esse tipo de conversa desperta a necessidade do respeito pelo diferente não apenas nos órgãos da Prefeitur, mas em todos os espaços da sociedade”, disse. 

A opinião é compartilhada pelo agente comunitário de Saúde, Mateus Mousinho, de 25 anos. Para ele, ter acesso a uma formação que busque entender os mais diversos grupos sociais, permite uma mudança de pensamento e no atendimento final com qualidade de um servidor, especialmente no caso dele, que entra nas casas das pessoas. “Essa formação é muito rica para nós ACS, porque no cotidiano a gente encontra grupos diversos e precisamos acolher todas as pessoas e da melhor forma possível”, pontuou.    

Texto:

Márcia Lima

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