Prefeitura faz busca ativa escolar na região das ilhas para o programa Alfabetiza Belém

• Atualizado há 1 ano ago

Com a intenção de tornar Belém um território livre do analfabetismo, a Prefeitura de Belém vem inovando com o programa Alfabetiza Belém, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Semec) e desenvolvido em parceria com movimentos sociais. Este ano, a novidade é a busca ativa escolar de alunos para educação de jovens, adultos e idosos ribeirinhos das ilhas Sul de Belém (Combu, Ilha Grande e Área de Várzea), que ainda não são alfabetizados ou que não concluíram o ensino fundamental.

De porta em porta

Os educadores das Coordenações da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Coejai) e da Educação do Campo das Águas e das Florestas (Coecaf) estão visitando, de porta em porta, as casas localizadas nas margens dos rios das ilhas sul de Belém, realizando matrículas de alunos, que, por algum motivo, tiveram que parar de frequentar a escola. A ação se deu de forma conjunta com os professores das escolas ribeirinhas Nossa Senhora dos Navegantes e Santo Antônio.

As visitas começaram na terça-feira, 7, na comunidade de São Benedito, Ilha do Combu. Na manhã de sexta-feira, 10, foi à vez da comunidade de Nossa Senhora dos Navegantes, na Área de Várzea, no Rio Aurá.

Para o antropólogo Miguel Picanço, coordenador do Ejai, essa busca nas ilhas tem ido além das expectativas. “Todas as casas que visitamos sempre tinha uma ou até quatro pessoas se inscrevendo pra estudar”, disse. Ele destacou que “as turmas deste ano serão dentro das escolas das ilhas, próximo da moradia dos alunos”.

Novas turmas

A intenção da Semec é formar sete turmas de 15 alunos cada nas ilhas Sul. Em duas visitas apenas, foram matriculados alunos para formarem três turmas.

“Nunca é tarde para sonhar! Meu sonho é voltar a estudar e vou realizar esse sonho agora”, disse Jaqueline Lima, 28 anos, moradora da comunidade Nossa Senhora dos Navegantes. Ela contou que precisou parar de estudar porque ficou grávida.

A próxima visita será na comunidade São José, Ilha Grande, após o Carnaval.

Dados

O programa Alfabetiza Belém foi instituído em fevereiro de 2021 com a proposta de alfabetizar mais de 11 mil pessoas, a partir dos 15 anos, até 2024.

Em 2022, a Semec em parceria com movimentos sociais certificou mais de mil pessoas, que já sabem ler e escrever. Estas pessoas foram automaticamente matriculadas na rede municipal de ensino para concluir o ensino fundamental.

Este ano, no mês de março, serão certificados mais 450 pessoas alfabetizadas em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Mas a meta para 2023 é alcançar  cinco mil pessoas (mil nas escolas municipais e quatro mil por movimentos sociais).

Texto:

Luis Miranda

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