Prefeitura de Belém inicia formação permanente em inclusão educacional para professores da rede municipal

• Atualizado há 2 anos ago

Com a proposta de melhorar o atendimento educacional de estudantes com deficiência nas salas regulares, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), iniciou nesta terça-feira, 17, a Formação Permanente: Fortalecendo Práticas Inclusivas na RMB, para 270 professores de diversas áreas do conhecimento. A formação segue até sexta-feira, 20, no Centro de Formação de Educadores Paulo Freire, em Nazaré. 

O encontro é uma parceria entre a Coordenação de Ensino Fundamental (Coef) e o Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie).

A coordenadora do Crie, Tatiana Maia, relata que a formação é uma demanda dos professores, diante das dificuldades em fazer adaptações de materiais pedagógicos, para atender os alunos com diversas deficiências nas salas regulares.

“Diante dessa necessidade, fomos provocados para fazer a formação, para dialogar sobre as metodologias e estratégias que podemos utilizar, além de trazer os professores com deficiência para falar como eles aprenderam, quais foram as dificuldades deles no processo de formação e mostrar que os estudantes com deficiência têm todas as condições de alcançar o seu desenvolvimento”, explica Tatiana Maia.

Formação –  Foram apresentados, inicialmente, os principais programas desenvolvidos pelo Crie, por meio de assessoramento nas escolas. Entre eles o programa Educação Bilíngue para surdos (Proeb) para o Ensino de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como L1 e o Ensino de Língua Portuguesa como L2 e Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS.

Além do programa “Nas Tuas Mãos” (Prontm), para atender os estudantes com deficiência visual; e o de Atendimento às Necessidades Específicas do Transtorno do Espectro Autista (Proatea), para possibilitar ao estudante com TEA crescimento nos aspectos social, afetivo, cognitivo e cultural, por meio de atividades inclusivas, vivências e experiências, que ampliem as suas potencialidades.

Experiência compartilhada – Neste primeiro dia, participaram professores da área das Ciências Humanas, como Geografia, História e outras. Durante a semana ainda vão passar pela formação professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Ciências da Natureza e Matemática, do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, além dos coordenadores pedagógicos. Alguns até compartilharam experiências de adaptação de material pedagógico.

A professora Gilma Pontes, que leciona História nas escolas municipais Manuela Freitas e Benvinda de França, localizadas em São Brás, atua há 25 anos na rede municipal de ensino. É a primeira vez que ela participa de uma formação permanente, com foco na inclusão de alunos com deficiência na sala regular.

Apoio maior – “A audiodescrição me chamou atenção, porque não tinha atentado para esse detalhe, quando faço atividade para aluno com baixa visão”, disse Gilma Pontes. Ela conta que também percebeu o aumento de alunos com deficiência e a necessidade de um apoio maior na elaboração do material didático.

O professor de História, Nielson Oliveira, das escolas municipais Madalena Haad e Avertano Rocha, ambas em Icoaraci, parabenizou a formação.

“Estou fascinado com esta formação. Não tinha visto nada igual. Gostei muito da forma como eles abordam a questão da surdez. E espero, agora, que se estenda à escola, envolvendo toda a comunidade. Nesses 30 anos, tenho visto a evolução neste tipo de pedagogia e, realmente, a atual gestão está de parabéns, por ter essa preocupação. As novas gerações de professores terão muito mais ferramentas para usar em sala de aula”, comemorou o professor Nielson. 

Texto: Tábita Oliveira

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