Obras de Antonio Juraci Siqueira serão base de projetos literários nas escolas municipais de Belém

• Atualizado há 2 meses ago

O conjunto de obras do autor paraense Antonio Juraci Siqueira será a base dos projetos e ações que serão desenvolvidos pelo Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), ao longo de 2024 nas escolas da rede.

A partir do tema “O menino que se sonhava canoeiro: uma viagem pelo imaginário amazônico pela ótica de Antônio Juraci Siqueira”, as obras do autor irão circular nas salas de aulas, bibliotecas e espaços de leitura das unidades educativas do município de Belém. Para além das escolas, as ações pretendem alcançar toda a comunidade no entorno da unidade de ensino.

“Amazonizar o currículo em Belém é uma pauta que merece a nossa especial atenção e empenho, uma vez que a literatura produzida na Amazônia é rica e vasta de multiplicidade de sentidos e de cultura viva. Ser e pertencer à Amazônia é estar imerso nas águas, nas matas, nos ritmos, na culinária, na poesia, na oralidade, no imaginário amazônico”, ressalta a equipe do Sismube responsável pela elaboração do plano de trabalho para este ano nas escolas.

A escolha de Antonio Juraci Siqueira como tema dos projetos de mediação de leitura decorre da diversidade de gêneros textuais como contos, poemas, cordéis, crônicas, dentre outros, “fundamentais para percebemos o nosso lugar nessa dimensão amazônica”, destaca Andrea Cozzi, coordenadora do Sismube. Antonio Juraci será o autor homenageado na XXVII Feira Pan-Amazônia do Livro, que será realizada em setembro deste ano.

“É bom destacar que bibliotecários e professores mediadores de leitura podem trazer outros autores, outros textos que dialoguem com o imaginário amazônico e desenvolver projetos que busquem a democratização do livro, o incentivo à leitura e promoção da cultura e da literatura para toda a comunidade escolar”, pontua Andrea.

Ela conta que a ideia é trabalhar com projetos que proporcionem um ambiente favorável ao saber, para que os estudantes das escolas municipais de Belém se sintam valorizados em sua terra, em seu lugar no mundo, em suas memórias e, sobretudo, compreendam que a escola não é apenas um lugar de transmissão de conteúdos, mas um espaço aberto a trocas e construção de conhecimentos num coletivo que perpassa por inúmeros ambientes de formação, entre eles o da biblioteca escolar. 

Texto:

Silvia Sales

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