Escolas da rede municipal de ensino de Belém são essenciais para mães trabalhadoras

• Atualizado há 2 anos ago

“A escola é maravilhosa, as professoras são muito atenciosas e carinhosas. Meu filho gosta muito de ir pra escola. Ele fica super feliz e eu tranquila, porque posso desenvolver o meu trabalho, enquanto ele está na escola seguro”, relata Aline Paixão, 28 anos, que é vendedora autônoma e mãe do Saymon Santos Paixão, de 2 anos, estudante do maternal I, na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Lúcia Castro, no Marco. A unidade de tempo integral atende 134 crianças do berçário I ao maternal II, modalidades que correspondem ao atendimento de creche.

Quando soube da creche de tempo integral perto da sua casa ela se apressou para matricular o filho. O marido e a mãe trabalham, logo, a escola foi fundamental para ela retornar ao trabalho. Ao final do dia, Aline recebe um relatório das atividades do filho, explicando se comeu, se dormiu direito, entre entre outras informações.

 “Conciliar família e trabalho não é fácil, mas a gente vai se adaptando. Nós mães, nos cobramos o tempo todo e ter o suporte da escola pra mim é fundamental”, assegura Aline Paixão. 

Censo Escolar de Belém

Conforme dados do Sistema de Informação de Gestão Acadêmica (Siga), da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), a rede municipal de ensino possui 91 unidades educativas, entre rede própria (65) e conveniada (26), que atendem na modalidade creche com turmas de berçário I ao maternal II, com crianças de 0 a 3 anos de idade. 

Ao todo são 6.066 crianças, sendo 54 do berçário I, 355 do berçário II, 1.914 do maternal I, e 3.743 do maternal II.  Na rede própria são 4.121 crianças, sendo 43 do berçário I, 244 do berçário II, 1.347 do maternal I, e  2.487 do maternal II. Na rede conveniada são 1.945 crianças, sendo 11 do berçário I, 111 do berçário II, 567 do maternal I, e 1.256 do maternal II.

A secretária municipal de Educação, Márcia Bittencourt, informa que o município possui escolas municipais que recebem os filhos das mães trabalhadoras desde a educação infantil, que é uma exclusividade da rede municipal, até as unidades de ensino fundamental e educação de jovens, adultos e idosos, alguns em meio período e outras em tempo integral (com quatro refeições por dia).

“Não é só ter um lugar para deixar as crianças pra cuidar. A gente cuida, educa e forma de maneira integral, porque essa é a primeira etapa de formação da criança, de 0 a 6 anos, onde ela aprende conceito de segurança, higiene, desenvolvimento motor, da arte, físico, é tudo na primeira infância. É muita responsabilidade cuidar das crianças de Belém”, ressalta a secretária de Educação.

Márcia Bittencourt enfatiza, que a Prefeitura tem a missão de prover o local e material para as crianças estudarem e ela assegura que ter as crianças na escola é um grande cuidado de apoio às mães que trabalham fora de casa.  

Ciranda Infantil acolhe filhos de estudantes

Neste ano de 2022, a Prefeitura de Belém criou a Ciranda Infantil, em fase experimental na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Hélder Fialho, em Outeiro, para atender as mães trabalhadoras, que precisam retornar à sala de aula na modalidade de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), mas não têm com quem deixar seus filhos.

A Ciranda Infantil é um espaço programado para cuidar das crianças com atividades lúdicas e educativas por meio da arte, pintura, música, dança ou simplesmente dormir, caso a criança deseje. O importante é a criança se sentir acolhida.

Quem gostou da ideia foi a indígena da etnia Warao Coquina, Suzana Maitê, que trabalha durante o dia como lavadeira e é mãe do Manuel, 3 anos; Gonzole, 2 anos e ainda tem um recém-nascido de 20 dias. Ela veio da Venezuela de carro para a cidade de Pacaraima, no Acre, em 2020, e conta que nunca estudou, mas agora é aluna do Ejai na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Helder Fialho, em Outeiro. 

“Me sinto bem tranquila de ver meus filhos sendo também bem acolhidos na Ciranda. É muito importante pra mim saber que vou estudar e ter meus filhos por perto, porque na minha comunidade é comum os filhos estarem sempre por perto”, conta Suzana Maitê. 

Na Ciranda Infantil da Ensino Fundamental (EMEF) Helder Fialho, 27 crianças, que são filhos dos estudantes, são atendidas.

Texto: Tábita Oliveira

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