“Desde que entrei na rede municipal há 8 anos via que uma escola com conselho escolar realmente tem muito mais recurso financeiro. Hoje é um sonho fazer com que o nosso conselho se efetive, porque precisamos fazer usufruto dessa verba federal”, afirma Eulina Lopes, diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Alana de Souza Barboza, localizada no bairro do Coqueiro, que atende mais de 700 alunos na sede e nos dois anexos. A posse dos novos conselheiros escolares foi nesta sexta-feira, 20.
A diretora explica que as crianças precisam e como educadora é uma realização saber que a escola pode ter um recurso bem maior. “Temos um espaço adequado de ensino, e agora, aliado a um conselho escolar que vai dar esse suporte”, ressalta.
Organismo de controle da comunidade escolar
O Conselho Escolar é um organismo vital para a garantia de recurso da educação para manter e melhorar as condições estruturais e pedagógicas de uma escola pública. Além do recurso do Fundo Municipal de Educação, da Prefeitura de Belém, as escolas municipais podem também ter um recurso a mais por meio do programa federal Dinheiro Direto na Escola, que é gerenciado pelo Conselho Escolar. Este recurso é oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Consciente disso, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), orienta os 67 conselhos escolares com e sem unidades executoras no processo de eleição, execução e prestação de contas. Desses, 30 estão em processo de eleição.
A EMEI Alana Barboza recebeu as orientações e abriu o edital para eleição de um novo conselho escolar. Os pais foram orientados sobre a importância da sua participação na vida escolar dos filhos e compareceram às urnas no último dia 11 de maio para escolher o conselho escolar. Além da diretora, que é membra nata, concorreram dois professores (titular/suplente), dois servidores de apoio (titular/suplente), dez responsáveis de alunos (titular/suplente), sendo dois representantes dos alunos.
Conselheiros – O autônomo, Cláudio Moreira, 39 anos, pai da Eduarda de Jesus, 6 anos, que estuda no 1º ano, do anexo Alana Barboza II, foi eleito conselheiro. Ele ressalta a qualidade do ensino público pouco valorizado pela sociedade.
“Sempre acompanho as atividades da escola. As pessoas não valorizam tanto o ensino público. Mas eu acredito no ensino público. Tanto que a minha filha tem um resultado bem positivo no seu desenvolvimento. Nós pais temos que ser parceiros da escola. A escola ensina e a gente reforça em casa”, garante.
Como representante dos professores, Edna Lima, do projeto de Mediação de Leitura, está desde 2012 na rede municipal de ensino. Ela também foi eleita pela comunidade escolar.
“Gosto muito do que faço. Sou comprometida com a educação. Candidatei-me ao conselho pra trazer benfeitorias para a escola, para nossa comunidade aqui do Sideral. Queremos mais recursos, melhor conforto”, assegura.
O motorista de aplicativo, Érick Teixeira dos Santos, 29 anos, pai do David Henrique, 6 anos, estudante do 1º ano do anexo Alana Barboza II está sempre acompanhando as ações da escola.
“O conselho escolar vai está junto com a escola acompanhando o ensino das crianças e ajudar a melhorar cada vez mais. Isso é muito bom, porque vai tá representando os pais e mães dos alunos”, afirma.
Processo de parceria
A dona de casa, Simone de Souza, 34 anos, mãe da Sophia Gabriela Oliveira de Souza Pires, 5 anos, estudante do jardim II, destaca a importância da parceria entre pais e escola.
“Estou muito feliz. Vai ser uma maneira de sabermos como será aplicado esse recurso tanto no espaço físico quanto no ensino das crianças e de que maneira essa formação vai servir pra comunidade no futuro. Nós pais temos o costume de sempre ficar questionando ‘ah não foi feito, aquilo’ mas não nos damos ao trabalho de ficar fiscalizando também. Porque uma coisa é você cobrar e outra coisa é você participar”, acentua a mãe.
Texto: Tábita Oliveira
