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Cerca de 20 coordenadores da saúde e educação participaram na manhã desta terça-feira, 10, no Centro de Formação de Professores (CFP), de uma Capacitação do Programa Saúde na Escola (PSE), com o tema “Direito Sexual e Reprodutivo e Prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis ISTs/Aids”. A ideia é que esses profissionais possam multiplicar esse conhecimento por meio de novas metodologias dentro das escolas do município.
O programa é desenvolvido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e Saúde (Sesma), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e tem como objetivo fomentar uma metodologia que será utilizada dentro das escolas municipais, voltada aos pais e alunos adolescentes, sobre o direito sexual e reprodutivo e prevenção de ISTs/Aids.
Capacitação – De acordo com Kássia Fernandes, consultora da Unicef, a capacitação foi mais uma etapa do programa Saúde na Escola. “Durante o ano, fizemos algumas pesquisas com pais e familiares, nas escolas que desenvolvem o programa, para saber como poderiam ser trabalhados os temas sobre direitos sexuais reprodutivos, para prevenção da gravidez na adolescência e das IST/Aids. Identificamos alguns gargalos e resolveremos por meio de novas metodologias”, explicou.
Um dos eixos de trabalho do programa Saúde na Escola é capacitar técnicos da área da saúde e educação, que posteriormente vão orientar as famílias e adolescentes. “Nas pesquisas realizadas nas escolas, os pais concordaram e deram muitas contribuições de como eles queriam que esse tema fosse abordado em sala de aula. Nas declarações, eles ainda enfatizaram que também gostariam de participar das palestras para adquirirem conhecimento sobre o assunto e saberem como tratar com seus filhos”, acrescentou Kássia.
Metodologia – Para trabalhar essa metodologia nas escolas, além de projetos pedagógicos, também será utilizada a Caderneta do Adolescente do Ministério da Saúde (MS). “O objetivo desse trabalho será sensibilizar e informar os pais sobre a temática, para depois chegar aos alunos por meio de palestras e projetos desenvolvidos dentro das escolas. O intuito final é diminuir o número de gravidez na adolescência e prevenir contra doenças”, explicou Fabricio Moraes Pereira, professor formador, que trabalha com o programa Saúde na Escola pela Semec.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em um relatório divulgado a respeito dos direitos relativos à saúde sexual e reprodutiva das populações, foi constatado que o Brasil possui uma elevada incidência de gravidez na adolescência, com uma taxa de 62 adolescentes grávidas para cada grupo de mil jovens do sexo feminino, na faixa etária entre 15 e 19 anos. O índice é maior que a taxa mundial, que corresponde a 44 adolescentes grávidas para cada grupo de mil.
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