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Prefeitura de Belém amplia projeto Escolas Antirracistas na rede municipal de ensino

• Atualizado há 6 meses ago

Com a adesão de mais 51 unidades de ensino a Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria de Educação para as Relações Étnico-Raciais (Coderer) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), lançou a edição 2024 do projeto Escolas Antirracistas que totaliza hoje 59 escolas comprometidas com a educação antirracista desde a primeira infância e que buscam potencializar seu planejamento a partir do assessoramento da Coderer.

“A iniciativa vai alcançar mais espaços educativos da rede municipal de Belém”, avalia a professora Sinara Dias, à frente da Coderer. O objetivo do projeto é atuar na implementação da Lei nº 10.639/2023 em todas as unidades da rede municipal de ensino, para fortalecer as práticas antirracistas e fomentar novas ações nas áreas e temáticas ainda incipientes em alguns espaços.

Uma primeira reunião de alinhamento já foi realizada e os processos formativos para gestoras e gestores, coordenadoras e coordenadores pedagógicos serão realizados até o final deste mês, para orientar as escolas na elaboração do plano de trabalho, que leva em conta a realidade socioeconômica dos estudantes e suas famílias, e a identificação de quais facetas do racismo são mais evidentes em cada comunidade. Uma vez identificada, a orientação é reforçar atividades e estratégias pedagógicas para a reflexão sobre o racismo e os mecanismos para combatê-lo no cotidiano escolar.

“Desta forma, trabalhamos as oito primeiras escolas antirracistas, que hoje se tornaram referência para as demais que abraçaram o projeto e assumem a responsabilidade de socializar as ações já desenvolvidas com sua comunidade e articular junto às demais escolas da área a montagem de uma rede de práticas antirracistas exitosas em seus respectivos distritos”, informa Sinara Dias.

Escolas de referência – O projeto foi criado em 2023 em caráter piloto em oito escolas, uma em cada distrito administrativo da cidade, a ver: EMEC Madalena Travassos (Damos); EMEIF Rotary (Dagua); a EMEF República de Portugal (Daent); a EMEF Liceu Mestre Raimundo Cardoso (Daico); a EMEF Augusto Meira Filho (Daben); o Anexo Santo Antônio (Daout); a UEI Isa Cunha (Dasac) e o Anexo Solar do Acalanto (Dabel).

“Um dos critérios de escolha dessas unidades educativas foi a maior diversidade possível, levando em conta os públicos atendidos em cada espaço. Assim, existem escolas ribeirinhas, em áreas de assentamento, escolas que funcionam no centro da cidade e nas periferias, que atendem Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai)”, explica Ataíde Júnior, que atua como professor formador na Coderer.

As ações envolvendo o enfrentamento ao racismo por características físicas, racismo recreativo, religioso, ambiental, linguístico compuseram o conjunto de atividades que foram desenvolvidas por essas escolas do projeto e seus resultados apresentados no final do ano passado, além de estudo e pesquisa realizados pelos educadores envolvidos. 

“O mês de novembro tornou-se então, não mais o único momento de debate sobre a pauta antirracista, mas sim um período de culminância das atividades executadas ao longo do período letivo”, completa Sinara, ao acrescentar, “nossa luta vai além das ações nos espaços educativos, nossa luta é por uma Belém antirracista”.

Texto:

Silvia Sales

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