Para muitas crianças da rede pública de ensino, a primeira experiência em conhecer os pontos turísticos de Belém só é possível por meio do projeto “Turismo na escola: descobrir, entender e cuidar de Belém”, da Prefeitura de Belém. Dando início ao calendário anual de visitas monitoradas, 40 alunos da Escola Parque Bolonha, do bairro de Águas Lindas, estiveram, na manhã desta terça-feira, 9, na Casa da Mineração, Mangal das Garças e Polo Joalheiro para conhecer os espaços. A ação é comandada pela Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semec).
Com o auxílio do ônibus escolar da Prefeitura, os alunos fizeram a primeira parada na Casa da Mineração, sendo recebidos pelo geólogo Alberto Rogério da Silva, do Sindicato das Indústrias de Mineração do Estado do Pará (Simineral) e do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Para o geólogo Rogério, a população tem uma visão negativa da mineração. “A reação dos alunos é diferente, uns querem pegar o minério porque é bonito, outros ficam admirados e querem aprender. Para eles é uma novidade. Eles saem outra pessoa e vão criando uma consciência da importância da mineração para o desenvolvimento do País”, avaliou Rogério.
Os alunos conheceram o mapa da mineração no Pará e viram alguns minérios do mostruário como fosfato, ferro, cobre, caulim, manganês, níquel, bauxita, alumina e alumínio. Também aprenderam que a relação do homem com o minério vem desde a pré-história até chegar ao mundo contemporâneo.
Para a professora Elyanne Gemaque, diretora da Escola Parque Bolonha, esta atividade é enriquecedora para eles. “A atividade serve de complemento da educação ao que os alunos já têm na escola. E todo conhecimento adquirido aqui será aplicado em sala de aula. Vamos pedir para eles produzirem uma redação para relembrar de como foi o passeio”, detalhou.
Mangal – A segunda parada foi no Mangal das Garças às margens do rio Guamá. Os alunos puderam conhecer o Museu da Navegação, que traz um pouco da tradição naval dos indígenas; o borboletário, que tem um espaço dedicado à criação de borboletas; o trapiche que fica de frente para a ilha das Onças; e o Viveiro das Aningas, que é dedicado a espécies raras da região. “Meu pai é de Abaetetuba e vi um monte de barquinhos aqui, iguaizinhos aos que a gente pega para ir para lá” comentou o estudante David Ribeiro de Almeida, de 8 anos, do 3º ano.
Impressões – A última parada dos alunos foi no Polo Joalheiro onde puderam conhecer um pouco da história do espaço que já foi convento, hospital e presídio até chegar ao que é atualmente. Os alunos visitaram a Capela São José, o Museu das Gemas do Estado do Pará, o Jardim da Liberdade, o Memorial da Cela “Cinzeiro”, e o anfiteatro Coliseu das Artes.
Em cada lugar visitado, Carlos Eduardo Silva Gaia, de 7 anos, do 3º ano, pode viver sensações diferentes. “Na Casa da Mineração, eu gostei de ver o cobre”, disse. No Mangal das Garças, Carlos superou o medo de altura ao subir no trapiche para ver o rio. E no Polo Joalheiro se encantou com as joias de gemas naturais e artificiais.
A estudante Jennifer Suzana Barros Bunshoten, de 12 anos, do 7º ano visitou pela primeira vez a Casa da Mineração e o Polo Joalheiro. “Eu não sabia, por exemplo, que o chão que eu pisava era feito de minério. E quando o professor Rogério explicou fui entendendo melhor a variedade de minérios que temos aqui no Pará. Aprendi que basicamente tudo que usamos tem minério. No Mangal das Garças, gostei muito de ver as borboletas Olho de Coruja, no borboletário, e as aves no viveiro”, contou.
Jennifer gostou tanto do passeio que quer voltar de novo. “Quero fazer novas descobertas e ver coisas diferentes que eu não tinha visto antes, como foi no Mangal das Garças que eu já conhecia”, destacou.
Para o aluno David Ribeiro de Almeida, de 8 anos, do 3º ano, a surpresa foi ver a pedra de bauxita, na Casa da Mineração. Sobre o Mangal das Garças David comentou: “É a primeira vez que venho aqui. Eu gostei muito de ver o flamingo, as borboletas, as piranhas e a arraia”.
O diretor Fernando Teixeira, da Coordenadoria de Turismo de Belém (Belemtur) acompanhou todo o passeio e reforçou a importância desta atividade para as crianças. “A criança é o futuro. É a salvação. A transformação é na criança tanto para eles cresceram como também ajudarem para desenvolvimento do mundo”, disse.
Agência Belém – Você ficou com alguma dúvida ou tem sugestões para enviar à Agência Belém? Entre em contato conosco pelo nosso canal de divulgação das principais ações do município pelo número (91) 98027-0629. Aguardamos sua mensagem.
Texto: