[metaslider id=2106]Cerca de 80 professores da rede municipal de Belém participaram, na tarde desta quarta-feira, 28, da cerimônia de formatura da primeira turma do curso de Aperfeiçoamento em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), realizada no auditório Waldir Bouihd, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). A cerimônia contou com a presença do prefeito Zenaldo Continho para a entrega dos certificados aos professores.
Com o compromisso de fortalecer cada vez mais a educação inclusiva no município, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), promove iniciativas que privilegiam a abordagem de questões pedagógicas e gerenciamento de processos inclusivos. É o caso do curso, que é parte do projeto TEA.
O aperfeiçoamento em TEA busca fomentar ensino, pesquisa e extensão, na garantia dos processos de inclusão e do acesso à igualdade de oportunidades em sociedade, em especial, para pessoas com autismo. O projeto é fruto de parceria da Prefeitura com a Ufra e o Ministério da Educação (MEC).
“O ensino público de Belém ganha muito com essa parceria institucional, com o aprimoramento, com a qualificação, com as ferramentas que os professores passam a ter disponíveis a partir deste conhecimento no atendimento às crianças com espectro autismo, ajudando-as no seu desenvolvimento”, disse o prefeito Zenaldo Coutinho, que ainda anunciou, na formatura, o interesse da Prefeitura em publicar um livro com todos os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) que tiveram como campo de pesquisa a rede municipal.
Professores – Felizes com a oportunidade de participar do curso, muitos professores já colocaram em prática o conhecimento adquirido. “Hoje ampliamos o nosso trabalho nas salas de recurso multifuncionais. Mesmo já tendo uma especialização em educação inclusiva especial, este curso foi importante porque tomamos conhecimento específico e em nível de aperfeiçoamento em TEA. Começamos a perceber características fundamentais para avaliar melhor o processo de desenvolvimento do estudante, além de aprender a orientar melhor as famílias sobre os direitos dos alunos e de fazê-los se sentirem mais acolhidos dentro da escola”, disse Denise Marruaz, professora da Escola Municipal Antônio Carvalho Brasil, que atua desde 2014 com alunos com deficiência.
Para outros professores que trabalham com a formação na rede, o curso vai ajudar a pensar em novas possibilidades de atuação. “Este curso específico nos permite trabalhar melhor com o aluno autista desenvolvendo uma metodologia, uma formação para os demais professores, com os pais e até mesmo com a comunidade em torno da escola”, explica Vitorino Feitosa, professor de referência que a atua nas escolas dos distritos de Icoaraci e Outeiro.
Com carga horária de 180 horas, o curso foi realizado no período de janeiro a agosto de 2019 em seis campus da Ufra (Tomé-Açu, Paragominas, Parauapebas, Capanema, Capitão Poço e Belém), com aulas sempre aos finais de semana. Aproximadamente, 450 professores foram qualificados para atuar no atendimento educacional especializado para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Educação inclusiva – Atualmente, a Semec atende a 1.858 estudantes nas escolas do município e distritos nas 66 salas de recursos multifuncionais, com o apoio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), que possui uma equipe multiprofissional especializada na área da educação especial e inclusiva.
Somente no primeiro semestre de 2019 foram realizadas oficinas de audiodescrição, curso de aperfeiçoamento sobre o TEA, oficina de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), oficina de Braile, oficina de musicoterapia para autistas e oficina de acessibilidade com material adaptado para autistas.
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Texto: Tábita Oliveira
