Estudantes de escolas ribeirinhas municipais identificam patrimônio cultural na Ilha Grande

• Atualizado há 6 meses ago

Construir um biomapa com o inventário do patrimônio comunitário do território dos estudantes da Escola Municipal de Educação do Campo (EMEC) São José, da Ilha Grande, foi a atividade desenvolvida na quinta-feira, 16, como parte da jornada “Ecomuseu de Belém: Educação, Pesquisa e Sustentabilidade”, que está vinculada à 22ª Semana Nacional dos Museus.

O trabalho coordenado pelos professores Vinícius Pacheco, Lilian Souza e Vinícius Luhi, do Núcleo de Arte, Cultura e Educação (Nace) e da Escola Municipal de Arte de Belém, vinculados à Secretaria Municipal de Educação (Semec) foi iniciado com uma oficina de formação sobre o conceito de patrimônio no território. 

Vivência – A turma do 9º ano desenhou no papel e depois pintou no mapa elementos como as árvores do entorno de suas casas, os trapiches, os currais de peixe, frutos e produtos artesanais como paneiros, rasas, bem como pessoas que são referências na fabricação de chocolate de cacau e de cupuaçu ou que utilizam ervas para chás e outros produtos fitoterápicos. 

Vinícius Pacheco, que em 2023 trabalhou a linha do tempo do processo de ocupação da Ilha Grande, bem como o calendário com o Tempo das Frutas, atua como um mediador inspirando os estudantes a falar sobre a riqueza do seu território. 

“Como professor, explica Vinicius Pacheco, percebo que logo no início do trabalho a palavra patrimônio não faz parte do vocabulário do estudante. O conceito do conhecimento que passa de pai para filho e da relação da criança com esse patrimônio não é percebida por eles. Passa a ser quando a gente pontua, exemplifica esses valores”, explica o professor Vinícius.

“Eles vivem o patrimônio, mas não sabem classificar – prossegue o professor – não entendem isso como um instrumento forte que parte deles e que podem gerar coisas maravilhosas, como coisas que podem planejar para o futuro deles, conhecimentos e habilidades na área onde eles vivem, onde moram”, ressalta o professor.

Ribeirinhos – A EMEC São José conta com 214 crianças matriculadas, na faixa de 4 a 15 anos, todos moradores das ilhas do Combu, Maracujá, Piriquitaquara, Guarapiranga e do Papagaio.

A escola foi construída em 2004, nas margens do rio Bijogó, no segundo mandato do prefeito Edmilson Rodrigues e reconstruída em 2023 e está vinculada à EMEC Milton Monte.

Programação:

A programação especial na Semana Nacional de Museus continua até o dia 28 de maio com diversas oficinas e atividades. 

Texto: Paulo Roberto Ferreira

Texto:

Leandro Muller

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