Estudantes de escolas municipais se destacam em Torneio Regional de Robótica Educacional 

• Atualizado há 3 anos ago

O estudante Jonas Vitor dos Santos, 14 anos, é aluno do 8° ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Manuela de Freitas, localizada no bairro de São Brás. Ele foi um dos alunos que representaram a escola nos dias 22 e 23 de março, no Torneio de Robótica, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) com o desafio Cargo Connect. A EMEF Manuela Freitas participou pelo segundo ano e ficou entre os 10 primeiros colocados no primeiro dia de competição.

Desafio – Ele conta que esta é a primeira vez que tem contato com robótica e, mesmo assim, aceitou o desafio de participar da competição. “Essa experiência está sendo um aprendizado maravilhoso. Tô nervoso, mas quero aproveitar bastante esse momento”, disse Jonas Vitor. O estudante e sua equipe apresentaram na Feira expositora o projeto do aplicativo EcoBelém, que incentiva a logística reversa com a conscientização da reciclagem em parceria com as cooperativas catadoras de resíduos. 

EcoBelém – O aplicativo traz a ideia de bonificação com crédito de celular ao usuário que fornece os seus resíduos às cooperativas catadoras de lixo. No projeto da garotada, para cada dez quilos de material reciclável doados, após uma parceria entre operadoras de telefonia, o doador ganhará 10 reais de bônus no celular. Além de apresentar o projeto, a escola também competiu na mesa robótica, onde mostraram suas habilidades em operar os robôs em algumas tarefas estimuladas pela competição.

O Torneio First Lego League de robótica educativa recebe participantes entre 9 a 16 anos. Este ano, os estudantes tinham a missão de buscar soluções inovadoras para o dia a dia. A etapa regional ocorreu no SESI de Ananindeua e reuniu 33 equipes. 

A rede municipal de ensino de Belém também foi representada pela Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Nestor Nonato de Lima, localizada no bairro da Condor. A escola estreou este ano na competição. Na Feira expositora, os alunos trouxeram um projeto ousado, para agilizar o transporte do açaí da região das ilhas até a feira do açaí, no Ver-o-Peso.

Arrojado – Ester Gibson dos Santos, 11 anos, é aluna do 9° ano. Ela foi uma das idealizadoras do projeto e destaca que é preciso ter rapidez na entrega do açaí colhido. “Assim preservamos o sabor do fruto quando batido na máquina”. O projeto é arrojado, porque acabaria com o custo com o atravessador e diminuiria o preço para o consumidor. 

Professores e estudantes municipais estavam orgulhosos por participarem do Torneio. O professor Tiago Miranda Costa, técnico de referência do Núcleo de Informática Educativa (Nied), que é vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec), comenta que este é o momento de reafirmar que tudo é possível para a escola da rede pública municipal.

Positivo – Ele também ressalta que a iniciativa da escola de participar do torneio e poder contar com o apoio dos técnicos do Nied já apresenta resultados. “O resultado desse torneio é super positivo, uma vez que é um primeiro contato com a robótica e ainda tendo que disputar com 160 estudantes. Os meninos da Escola Manuela de Freitas ficaram entre os 10 colocados, por exemplo”.

A competição estava bem equilibrada, com 45% dos participantes meninas. Cinco das 33 equipes são formadas exclusivamente de meninas. Uma outra novidade deste ano foi o aumento na participação de escolas do interior paraense. São, pelo menos, 17 equipes do outras localidades do estado. 

A Ester Gibson era só orgulho em poder representar a sua escola EMEF Escola Nestor Nonato de Lima. “Estou muito feliz de pensar num projeto que beneficie os trabalhadores das ilhas. Morei até os seis anos de idade na ilha do Combu”, contou a menina.

Texto: Eduardo Marques

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