Moradores do bairro do Guamá foram beneficiados com serviços de saúde neste sábado, 30, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Leandro Pinheiro. Durante toda a manhã, a culminância do Projeto Saúde no Guamá, disponibilizou teste de glicemia, aferição de pressão arterial e verificação de índice de massa corporal (IMC). No total, foram realizados 200 atendimentos gratuitos.
A escola contou com a parceria do Programa Saúde na Escola (PSE), desenvolvido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que contribuiu com os testes de glicemia.
O projeto Saúde no Guamá é resultado dos ensinos das aulas de Educação Física, do professor Rafael Rodrigues, e teve uma primeira edição em 2019 de forma experimental.
Ação pós-pandemia
As ações retomam, após dois anos de pandemia, com a participação de outros profissionais, como a professora de Ciências, Leide Katlen Pereira, que fez um mini curso de aferição de pressão arterial; o professor de matemática, Welbi Nunes da Silva, que ensinou a calcular o índice de massa corporal (IMC); a professora de Língua Portuguesa, Selciane Borges, que fez um concurso para slogan do projeto; a professora de Artes Dayse Gomes, que ajudou no material de divulgação. Também ajudaram no projeto, as pedagogas da escola que apresentaram em sala de aula a pirâmide alimentar para os alunos do 6° ano da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai).
“Este é um projeto multidisciplinar que trabalha as nossas habilidades com o conteúdo da sala de aula para transformar a realidade dos alunos e ser útil para a sociedade. Trabalhamos de forma integrada para que os alunos possam ter um significado maior do conteúdo de sala de aula”, explica o professor Rafael.
Estudantes atuam em parceria para atender a comunidade
A manhã foi agitada. Os próprios alunos fizeram o atendimento ao público, muitas vezes, familiares e vizinhos da escola. A decoradora Elaine Silva Correa, 35 anos, ex-aluna da escola, conta que sofre de ansiedade e está sempre atenta à saúde.
“É muito boa essa iniciativa da escola. Tenho ansiedade e estou sempre preocupada com a pressão. Mas vi que também preciso cuidar da alimentação”, contou.
“Tive que aprender a aferir a pressão, porque meus pais não sabiam como usar o aparelho e com o projeto fui aprendendo mais na aula de Ciências. Gostei muito de participar do projeto e ajudar a comunidade escolar também, porque é muito bom poder ajudar ao próximo”, informou o estudante do 9° ano, Gabriel Luiz Gonçalves da Costa, 15 anos.
O sentimento de solidariedade é compartilhado por Angélica Mesquita, 28 anos, estudante da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). “Agora vou ficar mais atenta aos exames de rotina e à minha família também” relata Angélica, feliz com o sucesso da ação da escola.
Alimentação – Um café nutritivo foi oferecido aos participantes, logo após os exames. A próxima etapa é formar equipes com os alunos para fomentar a ação em outras escolas e no segundo semestre fazer mais uma edição para comparar os dados dos exames e realizar novos atendimentos.
Saúde – Hipertensão e diabetes são duas das doenças crônicas consideradas “assassinas silenciosas”, por não apresentarem maiores sintomas até o momento em que colocam em risco a vida do portador.
Segundo dados do Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros vive sob este risco por causa da pressão alta. No caso do diabetes, são 14 milhões de pessoas que precisam conviver com as limitações impostas pela doença.
A falta de atividade física e má alimentação são os dois principais fatores de risco. Portanto, é fundamental fazer os exames de rotina com mais frequência.
Texto: Tábita Oliveira