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Como uma forma de promover a arte, a educação e a inclusão, mais de 160 alunos de oito escolas da rede municipal de Belém apresentaram um coral de músicas infanto-juvenil na noite desta terça-feira, 15, no Teatro Margarida Schivasappa (Centur), no lançamento do terceiro CD e DVD do projeto “Cantar-o-Lar – Crianças que Cantam”. O projeto, criado pelo professor e compositor Salomão Habib, conta com o apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), e do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), além de outras instituições. O evento contou com a presença do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.
Cerca de 600 pessoas, entre alunos, pais e professores, estiveram presentes no evento. A dona de casa Jéssica Nascimento, tia de um aluno da Escola Municipal Santana do Aurá, levou toda família para prestigiar. “Estamos ansiosos para ver a apresentação. Meu sobrinho se dedicou muito nos ensaios e merece todo nosso apoio”, disse.
Escolas – O evento é o resultado de um ano de trabalho nas escolas municipais Amância Pantoja, Ruy da Silveira Brito, Manoela Freitas, Ana Barreau Manineia, Santana do Aurá, José Alves Cunha, Monsenhor Azevedo, Ayrton Sena. Cada escola levou 20 alunos para o palco, onde foram apresentadas cerca de três canções infantis por grupo. Todas as músicas fizeram sucesso, mas as canções “Olha o sinal” e “Jacaré doente” levantaram a plateia.
Para o prefeito Zenaldo Coutinho, o projeto “Cantar-o-Lar” possui um alcance extraordinário na busca da sensibilização por meio da música com um conteúdo pedagógico importante na formação de cidadãos. “O projeto é um instrumento que se utiliza de ferramentas envolventes, unidas ao talento do Salomão Habib, que é indiscutível”, disse o prefeito.
Segundo a secretária municipal de educação, Socorro Aquino, o “Cantar-o-Lar” utiliza a música como um meio de propagar a educação e levar a cultura de paz para dentro das escolas da rede: “O projeto desenvolve não só o ensino-aprendizagem, mas também o raciocínio lógico das crianças, servindo como um estímulo e enriquecendo o currículo delas”.
Ana Luiza Bahia, 9 anos, da Escola Ruy da Silveira Brito, do bairro do Marco, que cantou as músicas “Pô pô pô” e “Boto cor de Rosa”, disse que gostou muito de se apresentar. “Essa é a segunda vez que participo do ‘Cantar-o-Lar’. Me inspiro muito nesse projeto e gostaria de ser cantora, adoro esse tipo de arte”, contou a menina.
Enzo Cauã de Souza, 9 anos, também da escola Ruy Silveira Brito fez questão de participar do “Cantar-o-Lar”. “Eu sinto que a arte está dentro da música. O projeto me ajudou a conhecer nossa cultura de uma forma muito divertida. São músicas que ficam na nossa cabeça. Ensaiei bastante e ficou tão bonito”, disse o aluno.
Projeto – O projeto é desenvolvido nas escolas da rede municipal desde 2016 e já atendeu, até hoje, cerca de 8.400 crianças. O objetivo é utilizar a música infanto-juvenil como instrumento de inclusão e promoção da arte, da educação e da interdisciplinaridade nas disciplinas história, geografia, artes, português, redação e química, assim como envolver a família no processo de aprendizagem e socialização artística, voltado à formação da criança e do adolescente e contribuindo para redução da violência nas comunidades envolvidas.
De acordo com Salomão Habib, de 2016 a 2018 o projeto esteve presente em 25 escolas dos oito distritos de Belém, ensinando, conversando e cantando com mais de 6.400 crianças com e sem deficiência, matriculadas na rede municipal de ensino.
“Só em 2019, o projeto ‘Cantar-o-Lar’, em seu quarto ano de atividade de educação por meio da música, contou com a participação de alunos, 128 professores além de diretores e coordenadores de dez escolas da rede pública municipal de ensino, nos níveis de educação infantil, ensino fundamental I e II”, explicou o idealizador do projeto.
Para proporcionar conforto e facilitar a presença dos alunos e familiares, ônibus escolares da Semec fizeram o transporte de ida e volta dos participantes. E para garantir o bem-estar na apresentação, todos os alunos receberam merenda antes de entrar no palco. Os professores receberam um material didático para uso posterior em sala de aula como ferramenta educativa. No final, todas as escolas fizeram uma apresentação conjunta do “Rap da sujeira”, uma canção que ensina a não jogar o lixo nas ruas.
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