Com o objetivo de oferecer uma educação especial de qualidade, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), executa o projeto Ciranda da Família, promovido pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie).
O projeto auxilia estudantes com deficiência matriculados na Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), promovendo encontros com rodas de conversas e compartilhamento de experiências, dinâmicas de grupo, escutas humanizadas, atendimentos sociais, orientações e encaminhamentos às redes de serviços socioassistenciais.
”Com a finalidade de fortalecer laços entre família e escola, o propósito do projeto é empoderar familiares e alunos no processo de inclusão social e sua participação efetiva no espaço escolar e na sociedade como cidadãos e protagonistas da sua própria história”, explica a coordenadora do projeto e assistente social Elaine Carvalho Alvarez.
Trabalho integrado
O projeto conta com uma equipe multiprofissional de assistentes sociais e professores que atua no acolhimento diferenciado dos responsáveis dos alunos e dos próprios alunos matriculados na rede municipal de ensino de Belém.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Padre Leandro Pinheiro, localizada no Guamá, atende 301 estudantes entre deficientes e não deficientes. Atualmente, a unidade tem a maior demanda de alunos com deficiência: são 107 alunos matriculados.
”A assistência nas escolas busca oferecer um atendimento de qualidade para a permanência deste aluno com deficiência. Procuramos realizar o atendimento ouvindo as demandas da comunidade escolar por meio de um processo de diálogo”, afirma a técnica de referência da Ejai, Kamilla Sastre.
Acolhimento, inclusão e cidadania
A servente escolar Janaína Trindade dos Santos Guedes, 45 anos, irmã do aluno com síndrome de down, João Paulo dos Santos Guedes, 39, agradece o acolhimento recebido dos profissionais durante a roda de conversa. Ela e o irmão participaram do I Encontro dos Alunos com Deficiência da Ejai, realizado no último dia 26 de abril.
”O bate-papo foi muito satisfatório, pois soube mais sobre meus direitos. A nossa mãe sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), então, eu não sabia quais direitos poderia procurar para ajudar ela e meu irmão. Agradeço a todos pelo afeto, carinho e disponibilidade não só comigo, mas com todos que estavam presentes neste momento esclarecedor para nós”, conta.
Para a coordenadora do Crie, Tatiana Maia, o projeto Ciranda da Família é um marco no atendimento educacional especializado e no trabalho da educação inclusiva da Ejai. ”Para nós é motivo de grande alegria ter realizado este encontro, porque é um direito que foi reconquistado e voltamos a ter uma equipe especializada para acompanhar os estudantes da educação de jovens, adultos e idosos”, diz.
Texto: Amanda Cunha
