Desde 2023 a Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Cordolina Fontelles de Lima, no bairro Pratinha II, vem ampliando e fortalecendo atividades para promover a redução dos resíduos sólidos e, consequentemente, provocar a análise crítica dos estudantes sobre as questões ambientais e seus impactos sociais na escola e no seu entorno.
Foi assim que surgiu o “Pratinha Sustentável, cidadãos educados”, um desdobramento do projeto AzaMalu Tec, robô multifuncional produzido com sucata, leds e materiais eletrônicos e recicláveis.
“Hoje cada vez mais o impacto das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) está inserido no processo educacional como uma ferramenta importante na aprendizagem. Trabalhamos para que a nossa escola seja um centro de referência em coleta de resíduos sólidos, com responsabilidade social e ambiental quanto ao uso e destino do lixo”, ressalta a professora Lenilza Machado, que ao lado da professora Thaiana Ribeiro, assinam o projeto, em parceria com a regente Maria do Socorro Rodrigues.
O “Pratinha Sustentável” está em fase de implementação na sala de informática da escola, a chamada Unitec – Unidade Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional – desde o mês passado, com a sensibilização dos estudantes sobre a importância do destino adequado dos resíduos sólidos, incluindo os materiais eletrônicos. “A produção do lixo em grande escala é um problema que afeta a saúde das pessoas e do planeta numa proporção assustadora. Por isso, precisamos reforçar nos espaços escolares temas que tratam das questões de reciclagem, reutilização e redução na geração de lixo para minimizar os impactos ambientais”, relata Lenilza.
Sustentabilidade – A iniciativa relaciona um conjunto de objetivos com o suporte da inovação tecnológica sustentável e da cultura Maker: estimular a classificação dos resíduos para reciclagem e reuso, incentivar o reaproveitamento do lixo como forma rentável e reutilizá-lo na confecção de brinquedos, dentre outros que promovam a responsabilidade social e ambiental.
“Nesta etapa trabalhamos com o tempo de decomposição dos resíduos e as cores dos coletores, para chegar no objetivo final que é a produção do coletor prata, porque faz referência ao nosso bairro Pratinha, e também porque a cor nos remete ao lixo eletrônico. Esse coletor será destinado a coletar esse tipo de lixo”, explica Lenilza.
A professora lembra que o aumento da população e, portanto, da quantidade de produtos industrializados geram excesso de resíduos de diferentes tipos como plástico, metal, papel, vidro e eletrônicos que deveriam ser separados, reutilizados ou reciclados como forma efetiva de reduzir os danos ao meio ambiente. “Não distante desse cenário global, o bairro da Pratinha II merece uma ação que perpassa pelo conhecimento do consumismo desnecessário e de medidas sustentáveis de tratar os recicláveis produzidos no bairro e seu reuso como forma de reaproveitamento”, completa.
Tecnologia a serviço da educação
Ao aliar novas tecnologias ao ensino, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), tem avançado em projetos que auxiliam a aprendizagem de estudantes. “São mais de três anos de trabalho intenso para superar desafios e alcançar resultados exitosos”, comemora a titular da Semec, Araceli Lemos.
Na rede municipal de ensino há vários projetos neste sentido, a exemplo do Ver-a-Tech destinado aos estudantes do Ensino Fundamental e os da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) para ampliar o acesso às novas tecnologias aplicadas no âmbito educacional e fortalecer a inclusão no mundo digital; e a Mostra de Inovação e Tecnologia em Educação da Rede Municipal de Belém (Mite), para valorizar projetos de implantação e disseminação de práticas educacionais voltadas à aprendizagem.
O Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional (Cetec), vinculado à Semec, organiza toda a informática educativa da rede municipal.
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