Para promover o ensino-aprendizagem, inspirada na comida amazônica e comida cabocla, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou nesta quarta-feira, 27, a II Formação Permanente para educadores da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai).
O evento, executado pela a Coordenadoria de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Coejai) da Semec, ocorreu no auditório da Faculdade Estácio de Belém, baseado no tema “Alfabetização à mesa: sabores e saberes na/da Ejai”. Durante a formação houve exposição de comidas que marcam a identidade e linguagem da Amazônia.
Entre os alimentos expostos estavam camarão, pupunha, macaxeira, farinha e outros. A proposta foi aproveitar a vivência e o repertório cultural dos alunos, que proporciona familiaridade ao conteúdo em sala de aula.
“A ideia é tentar amazonizar, aproximar o currículo da Ejai com essa cultura alimentar, que é tão própria, tão singular dos estudantes, professores, dos belenenses e dos paraenses”, comentou o professor e coordenador da Coejai, Miguel Picanço.
A diretora de Educação da Semec, Jaqueline Rodrigues, disse que a formação permanente é um momento importante para dar uma diretriz ao trabalho pedagógico dos professores que atendem o público da Ejai, historicamente excluídos no processo educacional, ou seja, um momento de discussão da identidade e da apresentação da realidade dos estudantes.
Sabores e saberes – ”Trazer os temas de grande relevância é um processo que agora é discutido na alfabetização e, a partir dos sabores e saberes, estamos propondo a identidade e entender o que é cultura para esses alunos, de onde eles vêm. Então, é significativo comentar sobre este ponto no processo aprendizagem até para viabilizar e facilitar o meio de alfabetização”, explicou a gestora.
Para Aline Campos, professora da Ejai na Escola Municipal de Ensino Municipal Infantil e Fundamental (EMEIF) Amália Paumgartten, no Guamá, participar da II Formação da Coejai foi muito importante para conhecer melhor os alunos.
“Conhecer as experiências, angústias e atividades dos alunos é interessante, pois estamos inseridos na realidade deles, à cultura deles”, pontuou a educadora Aline.
O professor Pedro Costa, da Escola Municipal Alfredo Chaves, localizada no distrito de Icoaraci, diz que as programações realizadas pela Semec têm contribuído e enriquecido trabalho dele em sala de aula. ”Elas (programações) somam com aquilo que busco para fomentar ainda mais a formação dos alunos jovens, adultos e idosos, para que eles possam se sentir parte da sociedade e contribuir de uma forma mais consciente com a realidade onde vive”.
Texto: Amanda Cunha