Café Inclusivo debate educação para surdos e Lei de Libras

• Atualizado há 3 anos ago

O Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou nesta terça-feira, 26, o Café Inclusivo, em alusão ao Dia Nacional da Educação para Surdos, transcorrido no sábado passado, 23 de abril, e também ao Dia da Lei de Língua Brasileira de Sinais (Libras), no dia 24 de abril. 

O Crie é responsável pelo atendimento educacional especializado aos estudantes matriculados na rede municipal de ensino de Belém e durante o Café Inclusivo promoveu palestra e atividades lúdicas e artísticas.

O evento contou com participação de professores de Libras, surdos e ouvintes, que se revezaram na tradução, incluindo a áudiodescrição para professores cegos e professores com deficiência. 

Acessibilidade para surdos

Durante a roda de conversa, o destaque foi para a importância do ensino e difusão da Libras para acessibilidade em espaços públicos, uma luta de mais de 20 anos para reafirmar que pessoa surda também tem seu local de fala na sociedade. 

O professor surdo e especialista em Libras, Tiago Costa, apresentou o Programa Bilíngue, que faz parte do Crie e atende alunos surdos do município de Belém. 

”O atendimento acontece de forma presencial. Como professor surdo, observo o aluno surdo e percebo a importância de se trabalhar todos os dias o ensino de Libras para que eles possam se sentir bem como alunos surdos”, enfatiza Tiago.

Ele ressalta que o evento é um momento especial, por ver uma quantidade significativa de pessoas surdas e com o movimento em prol da cultura surda. “Estou extremamente feliz com tudo isso”, afirma.

A coordenadora do Crie, Tatiana Vasconcelos Maia, afirma que o objetivo de organizar o Café Alusivo ao Dia da Lei de Libras é discutir temas referentes à educação especial inclusiva, que são relevantes e que têm grande importância social. 

”A proposta foi ressaltar a importância da Lei de Libras, que é fundamental ao processo de inclusão e dispõe sobre a importância materna do surdo, que é a Língua Brasileira de Sinais”, finaliza.

Texto: Amanda Cunha

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