O diagnóstico do deslocamento dos indígenas Warao em Belém foi apresentado em encontro entre representes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) com a Prefeitura de Belém. A reunião também tratou de aspectos culturais importantes para a elaboração e adaptação de políticas públicas no município para os indígenas refugiados da Venezuela.
O encontro realizado nesta segunda-feira, 11, no Núcleo de Informática Educativa (Nied) fortalece a parceria entre a gestão municipal e as agências da ONU, como uma forma de identificar desafios e oportunidades para ações prioritárias direcionadas aos indígenas da etina Warao.
O vice-prefeito de Belém, Edilson Moura, explicou que os indígenas Waraos são uma população vulnerável, vinda de outro país, que se estabeleceu em vários municípios do Brasil, como Belém.
Ele ressaltou que a gestão municipal disponibiliza uma assistência muito significativa aos Warao, por meio dos serviços de assistência social desenvolvidos pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e Secretaria Municipal de Educação (Semec), com programas de educação voltados aos indígenas refugiados. Também, pela Secretaria Municipal de Saúde, explicou Moura, os indígenas Warao recebem atendimento à saude.
Garantia de Direitos
A parceria entre as organizações humanitárias e gestão municipal busca garantir os direitos básicos de crianças, adolescentes e famílias indígenas Waraos, que vivem no município e proporcionar qualidade de vida a esta população.
“O trabalho de vocês com essa capacidade de sistematização, de prover imagens de várias dimensões, já nos facilita organizar o nosso trabalho e até constituir um plano de forma mais articulada”, destacou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.
A chefe do escritório da ACNUR em Belém, Janaína Galvão, afirmou que o encontro é uma marco para análise situacional da vida da população refugiada imigrante na capital paraense.
“Apresentamos os avanços que tivemos nos últimos anos, apresentamos os desafios e fizemos recomendações técnicas para melhoria das políticas públicas aqui no município para essa população que, enquanto pessoas refugiadas e imigrantes, têm todos os direitos sociais e econômicos de um brasileiro”, explicou.
Texto: Joyce Assunção