Projetos socioeducativos da rede municipal aproximam escola da comunidade

• Atualizado há 2 anos ago

Para promover muito mais que ensino-aprendizagem, a Escola Municipal Nestor Nonato de Lima, localizada no bairro do Jurunas, deu início aos projetos socioeducativos que atendem a comunidade no contraturno e aos finais de semana. As atividades proporcionam aos estudantes uma vivência a mais por meio do esporte e da cultura.

Basquete, xadrez, karatê e banda marcial são algumas das atividades. A escola atende aproximadamente 700 crianças do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, que no ato da matrícula já garantem vaga numa das atividades ofertadas pela unidade.No último sábado, 28, a estudante Myckele Johanna,12, marcou presença na primeira aula. Ela faz parte dos projetos de karatê e banda marcial.

“Meu pai sempre mostrava as artes marciais pra mim e para os meus irmãos. Aí sempre tive vontade de fazer. Agora quero participar da competição deste ano. Na banda fiquei com o trompete, mas ainda quero aprender bateria, tambores. É muito legal conviver com outros estudantes de outras turmas e não atrapalha os estudos”, disse a menina.

O estudante Lucas Monte Gemaque, 13, participa da banda marcial, xadrez e basquete, e para cada um tem um motivo especial. “No xadrez me inscrevi para jogar com meu primo, no basquete foi para jogar com meu irmão, e na banda já toco alguns instrumentos e quero aprender mais”, revelou Lucas que também pensa em competir nos esportes. “O xadrez ajuda muito no intelecto e a formar jogadas e estratégias”, destacou.

Pedagogia de projetos

O professor Vagner Viana conta que a escola trabalha desde 2021 com a concepção da Pedagogia de Projetos, uma metodologia de ensino por meio das experiências. “O primeiro projeto foi o de robótica educativa desenvolvido em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Núcleo de Informática Educativa (Nied) da Semec. Tivemos a oportunidade de aprender enquanto escola a pensar e fazer um projeto em que o aluno fosse protagonista e tivéssemos a intensa participação das famílias”, explicou Vagner . 

Com 10 alunos, o projeto de robótica coordenado pela professora Marizete Braga já ganhou premiações em competições nacionais e inspirou novos projetos socioeducativos envolvendo também a comunidade do entorno da escola.  

Conselho Escolar 

Vagner relata que ao assumir a direção da escola em 2020 se deparou com um Conselho Escolar inativo há mais de 6 anos e em 2021 convocou a comunidade escolar para regularizar o conselho que hoje é um dos apoiadores e financiadores dos projetos da escola. Com ele foi possível resgatar o recurso federal do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para custear a compra de materiais e ajuda de custo para os oficineiros/voluntários. Assim, a unidade é uma das muitas escolas da rede que, com o conselho ativo, possuem autonomia para promover cada vez mais uma educação pública de qualidade.

A professora Aida da Cruz Cordeiro, presidente do Conselho Escolar reafirma a importância do conselho ativo. “Graças a Deus colocamos tudo em dia”, disse sobre o valor recebido pra manutenção dos projetos, que já garantirá um tatame para as aulas de karatê e vai servir para comprar a roupa da banda. “A gente manda o projeto e já vem dizendo com que podemos gastar”, explicou.

Parcerias – Em 2023 a escola ainda ofertará aulas de flauta doce, ballet, dança regional, halloween, eleição e debates com representante de turmas, capoeira, horta escolar e reforço escolar no letramento e alfabetização.Muitos dos oficineiros são professores efetivos, mas outros são pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade melhor.

O segurança Douglas Bandeira, maestro da orquestra Brilho Celeste da Igreja Assembleia de Deus, na Terra Firme, conta que é muito gratificante ensinar os estudantes a tocar diversos instrumentos musicais. “O diretor me fez o convite quando soube que já fui instrutor de bandas marciais de grandes escolas. São futuros músicos e o nosso trabalho é transformar a banda marcial numa grande banda de música para tocar em inaugurações e outros eventos”, disse o professor, orgulhoso de há 21 anos ensinar númeras pessoas.

Texto:

Tábita Oliveira

Veja também