Prefeitura premia professores da rede municipal por produção intelectual

• Atualizado há 2 anos ago

Como parte do compromisso de valorização dos servidores, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou nesta segunda-feira, 19, a premiação dos professores que apresentaram projetos ao 19º Diálogos de Saberes, realizado nos dias 28 e 29 de novembro, no Hangar.

Os trabalhos foram avaliados pelos coordenadores da rede municipal de ensino em cinco eixos: Alfabetização, Tecnologia, Inclusão, Diversidade e Educação Ambiental.

As escolas premiadas receberam computadores.

No eixo Alfabetização, que é uma das ações prioritárias do governo municipal, a premiação incluiu passagem aérea Belém-Recife-Belém, para conhecer o Centro de Formação Paulo Freire, além de desfrutar de passeios turísticos.

Reconhecimento

“É com muita alegria que se faz esse reconhecimento do trabalho dos professores. Sei que não é somente neste ano, é ao longo da história de vida deles”, disse a secretária municipal de Educação, Márcia Bittencourt. “Além do reconhecimento salarial que já começamos a fazer, é importante também valorizar o trabalho desenvolvido por eles e ter no currículo Lattes como produção intelectual. A gente pauta uma nova educação municipal”.

Alfabetização e Tecnologia

No eixo Alfabetização, duas escolas foram premiadas. A primeira foi a Escola Municipal Florestan Fernandes, localizada no Bengui.

Os professores Ana Flávia Morais Carvalho, Hiraldo da Silva Lameira, Aline Sueli Lobato Queiroz Albuquerque, Alcir Nascimento da Costa, Orlando Sérgio Pena Mourão Júnior, apresentaram o trabalho intitulado “A literatura de cordel como objetivo de conhecimento na articulação entre a SIE e a área de linguagens e suas tecnologias: construindo em linguagem popular uma proposta de aprendizado significativo”. A escola ganhou um computador e os professores, passagens aéreas para Recife.

“Resgatamos muitos alunos na pandemia, enquanto passávamos por depressão, perdas, e é algo que emociona a gente, resgatar esses meninos, adultos e idosos de uma quase morte”, recordou Ana Flávia Morais Carvalho, servidora efetiva há 22 anos, destacando a valorização recebida na atual gestão, em especial para a Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai).

A Escola Municipal Paulo Almeida Brasil, no bairro do Souza, também foi premiada nesse eixo, com o trabalho “Curadoria e produção de material didático para o ensino remoto”, desenvolvido pelo professor Marcelo Wilson Ferreira Pacheco.

Em Tecnologia, as escolas premiadas foram a EMEI Venuzina Marinho de Souza, na Cremação, com o trabalho “Ensino de Ciências na Educação Infantil: uma proposta lúdica”, desenvolvida pelas professoras Edith Costa e Ana Cristina; e a Escola Municipal Walter Leite Caminha, no bairro Mangueirão, com o trabalho “Estudo sobre a água nos Ciclos Inicias”, desenvolvido pela professora Ana Lúcia da Silva Monteiro Piedade.

Inclusão e diversidade

Uma das premiadas no eixo Inclusão foi a Unidade de Educação Infantil (UEI) Itaiteua, em Outeiro, com o trabalho “Experiência exitosa de inclusão da servidora surda, com o uso de Libras”, escrito pelas professoras Alessandra da Rocha Cruz Moura, Bruna Késia Peniche Rodrigues Santos, Ana Catarina Pinheiro Miranda, Ohana Daniel Matias da Silva e Bárbara Márcia da Piedade Silva.

“Não tenho palavra para expressar o sentimento que recebi na escola. Agradeço a toda a equipe. Foi uma surpresa para mim a premiação. A coordenadora sempre se empenha em aprender Libras e me convidou para estar aqui para mostrar que a inclusão é possível, que nós temos esse direito”, disse a professora Bruna Késia Peniche Rodrigues Santos, que é surda.

Bruna conta ainda que, apesar do bloqueio de comunicação ao chegar à unidade, logo os colegas buscaram aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar com ela. “Sofria em outros lugares, porque as pessoas não se comunicavam comigo por Libras. Realmente não tenho uma palavra especial, é só gratidão por todo essa experiência”. 

A Escola Municipal Ida de Oliveira, no bairro Maracangalha, também foi premiada, com o trabalho “Poesia e arte – um encontro lúdico”, desenvolvido pelos professores Romenson Luís Cruz da Silva, Lúcia de Fátima Lobato Ferreira e Eimar Deney Pereira Cabral.

No eixo Diversidade, as escolas premiadas foram o Liceu Escola Mestre Raimundo Cardoso, em Icoaraci, com o trabalho “Retratística decolonial”, desenvolvido pelo professor Jean Carlos Foicinha Ribeiro; e ainda a Escola Municipal Rotary, do Condor, com o trabalho “A literatura da mulher negra como forma de resistência contra o racismo”, desenvolvido pela professora Roseli Ferreira da Costa Gonçalves.

Educação Ambiental

A Escola Municipal de Educação do Campo Milton Monte, na ilha do Combu, foi reconhecida pelo trabalho “Por um rio de vida, arte, cores e cidadania”, desenvolvido pelos professores Elisson Ferreira, Anderson Pantoja, Jorge Lima, Berenice Farias, Ruth Lima e Sabina Oliveira.

Agora a meta é inscrever os trabalhos dos professores em eventos científicos. “É uma honra estar aqui como servidora pública assim como todos vocês estão aqui para servir os estudantes. Esse é o nosso papel”, declarou a secretária Márcia Bittencourt aos professores, agradecendo por estarem materializando o sonho de construir uma Belém alfabetizada, educada, leitora, inclusiva, antirracista e conectada.
 

Texto:

Tábita Oliveira

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