Prefeitura convoca mais de 14 mil estudantes a se cadastrarem no programa Bora pra Escola

• Atualizado há 2 anos ago

O auxílio financeiro estudantil Bora pra Escola, instituído pela Prefeitura de Belém, no fim de 2021, com a finalidade de assegurar a permanência de estudantes nas escolas após a pandemia da covid-19, ainda aguarda o cadastro de mais de 14 mil crianças e adolescentes. Este é um direito do estudante garantido em lei e cabe aos responsáveis legais dos estudantes efetuarem o cadastro.

A iniciativa prevê um auxílio financeiro de R$ 150 para estudantes regulares e R$ 300 para estudantes que ficaram órfãos, em decorrência da covid-19, que estão matriculados em 2022 na educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai). Também é disponibilizado o valor de R$ 500 para estudantes concluintes do ensino médio da Fundação Escola Bosque. 

O município destina R$ 10 milhões para o auxílio estudantil e, até o momento, somente 52.793 estudantes do total de 69.103 matriculados conseguiram acessar o benefício. No total, até agora, R$ 7,5 milhões foram pagos pela Prefeitura de Belém a 79% do número de alunos matriculados na rede municipal de educação.

Como fazer o cadastro:

 Para fazer o cadastro, os responsáveis pelo estudante podem acessar o site Bora pra Escola. Ou ir à secretaria da escola onde a criança está matriculada e realizar o cadastro.

O auxílio é pago em parcela única, através do aplicativo Caixa Tem da Caixa Econômica Federal. Para quem tem mais de um filho matriculado na rede municipal é preciso fazer o cadastro de cada um, separadamente. O pagamento será liberado de acordo com a data de cadastro por lotes.

Na quarta-feira, 22, a Secretaria Municipal de Educação (Semec), responsável pelo cadastro, se reuniu com os gestores escolares para montar uma força-tarefa e ajudar esses pais a realizar o cadastro do filho na secretaria da escola. 

Força-tarefa para alcançar os estudantes

A EMEIF Amália Paungartten, localizada no Guamá, atende 594 estudantes, mas apenas 125 alunos constavam no cadastro do Bora pra Escola.

“Quando eu recebi a lista fiz logo uma busca e a escola se prontificou de fazer todos os cadastros na secretaria. Mandamos chamar os pais e responsáveis só para receber na Caixa”, contou a diretora Isvanete Ferreira. Ela completa, que faltam somente cinco famílias, que ainda não compareceram para fazer o cadastro.

Durante os seis meses que o Bora pra Escola foi implantado, a Semec percebeu que as dificuldades para concluir o cadastro eram decorrentes de erros de digitação no ato da matrícula, falta de familiaridade dos pais ao sistema e também casos de crianças que vivem com outras pessoas que não tinham um documento para comprovar a guarda. Estas foram instruídas a procurar o Conselho Tutelar.

A empregada doméstica, Ana Rosa Pinheiro dos Santos, 43 anos, mãe da Luana dos Santos Viegas, de 14 anos, estudante do 9º ano na EMEI Amália Paungartten, relata que por informação errada de terceiros não fez o cadastro, mas que agora vai fazer.

“Meu marido morreu e minha filha ficou recebendo a pensão dele. Aí me disseram que ela perderia o benefício se fizesse o cadastro. Mas agora sei que não e vou fazer”.

Já a estudante do 9º ano, Kaylene Campos Cosme, 16 anos, sua mãe Ana Célia Campos mora no município de Concórdia do Pará e ela ficou sob a guarda da tia Eunice Borges. A mãe não conseguia fazer o cadastro por um erro matrícula da adolescente.

“Agora que já sei o erro, vou falar pra mãe dela fazer o cadastro novamente e aí ela me envia o dinheiro para comprar as coisas que a Kaylane precisa”, contou a tia.

Cadastro nas férias

Neste mês de férias as escolas estarão de portas abertas para realizar o cadastro dos estudantes e garantir o auxílio. Os pais devem ficar atentos ao chamado da escola.

“É muito recurso investido. Faltam 14% que corresponde a quase R$ 3 milhões, que está lá destinado pra pagar as pessoas. Tudo que a gente escuta e vê nas redes sociais de desconfiança é porque a miséria tá tão grande que as pessoas não conseguem sonhar e não conseguem alcançar que é possível fazer política pública para as pessoas”, reforçou a secretátia Municipal de Educação, Márcia Bittencourt.

Texto: Tábita Oliveira

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