Novos estagiários da educação inclusiva são recepcionados pela Prefeitura de Belém

• Atualizado há 2 anos ago

A Prefeitura de Belém está com novos estagiários na rede municipal de ensino. A acolhida dos 50 recém-chegados na Secretaria Municipal de Educação (Semec) ocorreu nesta segunda-feira, 16, durante uma formação realizada no auditório da Faculdade Fibra, pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), vinculado à Semec.

“A educação especial entrou na minha vida antes de ingressar na faculdade quando percebi as pessoas com deficiência muito num canto. Então, tive vontade de acolher e saber como me aproximar e interagir com elas. Espero desenvolver um trabalho para que possa contribuir para a inclusão desses alunos”, disse a nova estagiária Cíntia Raquel da Conceição, de 25 anos, aluna do quarto semestre em Educação Física da Universidade Estadual do Pará (Uepa).

Na formação, conduzida pelo Núcleo de Estágio Especializado do Crie (Nees), os estagiários receberam orientações gerais sobre a atuação deles nas unidades escolares e um panorama das situações que vão encontrar no chamado mundo da inclusão.

Eles darão apoio aos estudantes com deficiência atendidos nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) em escolas municipais.

Contratação – Inicialmente, a Semec fez a contratação de 50 estagiários e a perspectiva é chegar até 300 para somar aos atuais 286 estagiários. Cada estagiário atuará por 4 horas, no horário da manhã e receberá uma bolsa de R$ 400, mais R$ 88 de vale transporte.

A coordenadora do Crie, Tatiana Maia, recepcionou os estagiários e fez a apresentação da equipe multiprofissional, além dos programas educacionais, como o Incluir, que avalia o aluno com deficiência; Educação Bilíngue para Surdos; Núcleos de Atendimento Educacional Especializado; e Nas Tuas Mãos para estudantes com baixa visão ou cegueira. 

“Este momento é fundamental para garantir o processo de inclusão dos estudantes a partir da formação dos estagiários, que vão contribuir com a educação básica e ganhar experiência”, afirmou Tatiana.

A formação dos novos estagiários contou com os familiares dos estudantes da rede municipal de ensino, para que seja firmada parceria que possibilite o acompanhamento da formação e a troca de experiências sobre o mundo da inclusão.

“É importante estreitar o diálogo com a Semec na formação desses profissionais da educação especial”, disse entusiasmada Elisabeth Carvalho, mãe de aluna e integrante do Movimento Inclusão já, em todo lugar.

A rede municipal de ensino atende mais de 2 mil estudantes com deficiência, desses 828 possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, o Crie apresentou o Programa de Atendimento ao Aluno com Transtorno do Espectro Autista (Proatea), para que estagiários entendam como auxiliar este grupo de alunos.

Outro estudante que se permitiu sair da zona de conforto e conhecer mais a educação inclusiva foi Breno David Santos, de 30 anos, de Licenciatura Integrada da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Para ele, a formação é um momento de aprendizado e troca de experiência. “Participar e ingressar na educação inclusiva é sair de uma zona de conforto. É minha primeira experiência e vai abrir novas perspectivas de processos de amadurecimento enquanto professor”.

Participaram também da acolhida feita aos estagiários os representantes das instituições de ensino superior dos cursos de Licenciatura Integrada, da UFPA; Educação Física; da UEPA; e Português-Libras, da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra). 

Texto: Tábita Oliveira

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