Com o tema “Belém, cidade leitora”, a Secretária Municipal de Educação (Semec), por meio do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares, promoveu nesta sexta-feira, 27, o I Seminário Municipal de Bibliotecas de Acesso Público, para fomentar a leitura na cidade. Com a parceria da Fundação Cultural do Pará (FCP), o encontro ocorreu no auditório Ismael Nery, do Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur).
“Temos um projeto que já está nas ruas com inscrições abertas para alfabetizar as pessoas. Tornar Belém uma cidade alfabetizada é um sonho que começa dentro das escolas”, afirma a secretária municipal de Educação, Márcia Bittencourt, que explicou sobre o programa Alfabetiza Belém, que já iniciou pela cidade.
Ela ressaltou que “é impossível continuar com uma política que aprova as crianças sem saber ler e escrever. Mas não basta alfabetizar é preciso incentivar o acesso ao livro. Mais livro e menos celular. Pode ser digital? Pode. Mas precisamos trabalhar pra isso. Pensar política pública se faz no dia a dia”, completou.
Desafio pela educação
O presidente da Fundação Cultural do Pará, Guilherme Relvas, reconhece o desafio que a prefeitura de Belém tem de promover educação da cidade diante da complexidade entre infraestrutura e proposta pedagógica.
“Tenho certeza que um dos pilares é a formação leitora. Não acredito no desenvolvimento da educação de um povo que não lê. E nós precisamos formar leitores, que começa pelo acesso público à leitura. Defendo muito o trabalho de sociedade civil e poder público, que junta cultura e educação e todo mundo que pode colaborar para uma sociedade melhor”, ressaltou Relvas.
Durante o encontro houve o debate dos seguintes temas: Caminhos e atravessamento nas políticas públicas para o livro, leitura, literatura e bibliotecas em Belém; Bibliotecas: espaços e possibilidades para a formação de uma cidade leitora; Painel Bibliotecas Vivas: Socialização de experiências leitoras.
Ao final foi exibido o documentário Literatura na Tela: Vozes do Pará, iniciativa do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) para criar memória biográfica de autores paraenses para compartilhar nas bibliotecas escolares com os estudantes.
Incentivo a educadores e estudantes
A professora, Rosenil Sales, que atua na Biblioteca Maria da Paz, da Escola Municipal Walter Leite Caminha ficou emplogada com a programação. “É uma honra participar deste evento, porque é um momento de troca e, principalmente, de grande aprendizado pra nós que atuamos nesta área, ou seja, de como fazer a diferença no nosso local de trabalho”.
“Nós já vivemos uma época em que o escritor paraense era esquecido e não tinha muitas oportunidades, mas agora estamos vendo este fomento ao incentivo à leitura, que tem nos proporcionado um sucesso incrível na formação de leitores. Isto é muito gratificante para os escritores, professores e servidores da Semec”, contou a escritora, Bella Pinto de Souza, servidora da Semec.
Rede Municipal – O Sismube atua na rede municipal de ensino com três propostas de trabalho interligadas: bibliotecas escolares que permitem o acesso a uma vasta literatura infanto-juvenil local e nacional; projeto Baú das histórias, e projeto de mediação de leitura com professores de Língua Portuguesa e Pedagogia para fomentar a leitura, escrita e oralidade.
São 130 profissionais entre bibliotecários e professores que participam de formação permanente e desenvolvem projetos como a Ciranda Literária, projeto Ler a Cidade – exposição fotográfica, Cuíra Literária e muitos outros eventos de Círculo de Cultura até preservação e conservação de acervo literário, entre outros.
Texto: Tábita Oliveira
