Escola municipal do Bengui comemora parceria em educação musical com a UEPA

• Atualizado há 1 ano ago

De portas abertas para os projetos que podem agregar conhecimento e permitir uma maior socialização das crianças da comunidade do Bengui, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Amoras de Oliveiras, apresentou, neste sábado, 3,  à comunidade escolar, o projeto Aqui Tem Música, promovido pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), há um mês, com 20 crianças da escola.

Essa iniciativa é uma das ações do grupo de pesquisa Empodera da UEPA, que estuda Políticas Públicas para Educação Musical no Pará e que criou o selo Aqui Tem Música, para desenvolver atividades em escolas públicas do estado.

O coordenador do grupo de pesquisa, Augusto Souto, explica que, desde 2008, existe a Lei 11.769 que torna o ensino da música obrigatório em todas as escolas de educação básica.

Música na escola

“A lei ainda não foi implementada. Mas o papel da universidade é fazer com que a educação musical esteja na escola. Temos o curso de formação em música pra isso”, explicou o coordenador.

O professor revela que “este é um projeto piloto. Mas a ideia é que a Escola Maria Amoras seja um núcleo para receber alunos de outras escolas do bairro, promovendo uma atividade interescolar”.

Em um mês de aulas somente aos sábados, 20 crianças tiveram o primeiro contato com a música instrumental, por meio da flauta doce. Eles ensaiaram duas canções natalinas para apresentar o projeto aos pais, alunos, professores e funcionários da escola.

Comunidade

Pais e alunos estavam felizes com o resultado em tão pouco tempo. A expectativa para o próximo ano é grande.

“Gostei de me apresentar pra todo mundo. Eu amei tocar flauta. Quero também apreender a cantar e tocar violão. Todos os meus colegas gostam da aula”, disse Thiago Matheus Cunha Galvão, 8 anos, estudante do 2° ano.

A mãe do Thiago, Roseane Cunha Galvão, 40 anos, dona de casa, também conta que ficou muito feliz de ver o resultado do projeto. “Estou vendo o desenvolvimento e a empolgação dele com as aulas”.

Outra mãe surpresa foi Michele Araújo, 38 anos, artesã, responsável pela Ana Bella Araújo, 8 anos, estudante do 2° ano. “No começo fiquei em dúvida porque não tenho tempo pra trazê-la para a aula de música. Mas o pai dela vinha trazer. Ela tá gostando muito e fiquei surpresa. Foram só quatro aulas e eles se apresentaram muito bem. Fico feliz pelo interesse dela e de saber que o projeto vai continuar”.

Projeto

O professor Augusto Souto informou para a comunidade que a intenção é atender 300 crianças da rede municipal no bairro do Bengui, a partir de janeiro de 2023, para em junho apresentar um belo recital. O projeto é formado por outros professores de música e graduandos da UEPA.

O contato com as Artes já é uma iniciativa da Prefeitura de Belém desde 2021, quando criou, na Secretaria Municipal de Educação (Semec), o Núcleo de Artes, Cultura e Educação (Nace), que vem desenvolvendo na rede municipal diversos projetos artísticos em diversas linguagens.

A Prefeitura ainda acolhe e conta com outros projetos desenvolvidos em parceria com artista regionais, assim como também órgãos e instituições da sociedade civil organizada.

O Aqui Tem Música é mais uma potência que chega à rede, que já mostra um lindo trabalho desenvolvido com os estudantes municipais.

Promoção

A educação musical é um estudo que ajuda a desenvolver a cognição humana, tanto no aspecto psíquico quanto emocional, espiritual e também no cuidado estético.

“É uma imensa alegria ter o projeto aqui na escola, porque estamos numa comunidade carente e tudo que vem pra agregar conhecimento e ajudar na socialização das crianças a gente abraça”, disse Maria Goretti de Jesus Carneiro, diretora da escola municipal professora Maria Amoras de Oliveira.

A diretora ressaltou que a escola já recebe outros projetos, mas que ainda faltava um projeto de música. De acordo com Maria Goretti, em um mês o Aqui Tem Música  já mostrou uma grande diferença no comportamento das crianças na aprendizagem, na socialização e no autoconhecimento.

Texto:

Tábita Oliveira

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