Encerra nesta segunda a chamada pública do programa Alfabetiza Belém

• Atualizado há 2 anos ago

Para enfrentar o analfabetismo, a Prefeitura de Belém, por meio de convênio firmado com o Movimento República de Emaús, encerra nesta segunda-feira, 30, a contratação de alfabetizadores e coordenadores que vão atuar em 40 turmas do programa Alfabetiza Belém, que serão assistidas pelo Movimento Sem Terra (MST). Está é a segunda chamada pública iniciada no dia 25.

O MST já realiza um trabalho de alfabetização em áreas urbanas e do campo a metodologia ‘Sim, eu posso”, uma iniciativa inspirada numa experiência cubana em 1961, para uma campanha massiva de alfabetização em outros países. A proposta já foi realizada em outros municípios do estado, mas em Belém é a primeira vez e se concentrará nos distritos administrativos de Mosqueiro, Outeiro e Guamá. 

Inscrições 

Foram ofertadas 40 vagas para alfabetizadores e quatro para coordenadores. O formulário de inscrições está disponível no site do Movimento República de Emaús, que deve ser preenchido e enviado para o email: alfabetizasimeuposso@gmail.com. No dia 6 de junho será divulgado no site do Emaús o resultado final da análise curricular dos candidatos.

“A procura tem sido boa. É um processo muito bonito. O método “Sim, eu posso” foi disponibilizado para muitos países. Em Belém, a gente pretende fazer um trabalho, parte na área urbana no Dagua (Distrito do Guamá) e também nas áreas que têm características rurais fortes, como é o caso das ilhas”, explica o integrante do setor de Formação e Educação Popular do MST, Lennon Xavier.

Método – O método “Sim, posso”, trabalha com recursos audiovisuais e círculos de cultura, os quais serão desenvolvidos, em especial, pelos movimentos sociais, mesclando com a filosofia freireana, que utiliza o universo vocabular das pessoas e temas geradores, focados na realidade do indivíduo, com atividades de círculo de cultura e diálogos, para a formação política. 

O educador Paulo Freire na década de 1960 na cidade de Angicos, Rio Grande do Norte estimulava a alfabetização dos adultos, incentivando o diálogo e uma visão mais ampla da educação a partir da realidade dos locais que os alunos vivem.

Busca Ativa – A busca de pessoas em situação de analfabetismo para formar as turmas será feita nos meses de junho e julho, com a participação dos alfabetizadores selecionados. A previsão de inicio das aulas é para a primeira semana de agosto e ocorrerão de segunda à sexta-feira, com duração de duas horas diárias.

Ao todo, o programa Alfabetiza Belém formará 120 turmas, sendo 80 com que serão assistidas pelo Movimento República de Emaús e 40 pelo Movimento Sem Terra (MST). A proposta é alfabetizar mais de 11 mil pessoas até 2024, a partir dos 15 anos e que nunca frequentaram a escola.

Texto: Tábita Oliveira

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