O Programa Alfabetiza Belém, iniciado em 2021, conta com várias parcerias com objetivo de alfabetizar mais de 11 mil pessoas até o final de 2024 (pessoas que, por algum motivo, não puderam se alfabetizar na idade ideal). O Movimento Sem Terra (MST), um dos parceiros, promoveu a terceira formação dos educadores que estão atuando com o método “Sim, Eu Posso!”, nos dias 6, 7, e 8 de janeiro de 2023.
Método
Instituído em Cuba, esse método trabalha com as telenovelas, círculos de cultura, recursos audiovisuais e já vem sendo desenvolvido pelo MST em algumas áreas e parcerias com prefeituras.
Maria Raimunda, do MST, afirma que esse terceiro encontro é a formação continuada para os educadores, um plantão pedagógico para socializarem experiências com as turmas, os desafios enfrentadas e os resultados positivos já alcançados nos processos formativos.
Formação
O encontro contou com a presença da equipe do Programa Alfabetiza Belém e da secretária em exercício da Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec), professora Araceli Lemos. “Nós vamos conviver com dois métodos de alfabetização: o “Sim, Eu Posso” e o freireano, entendendo que o objetivo maior é de incluir, possibilitar que todos possam ser contemplados, zerando assim o analfabetismo em Belém”, destaca a professora.
Atividades culturais marcaram os três dias de formação, além de duas oficinas realizadas com os educadores, uma delas ministrada pela arte-educadora Cici Ferraz sobre “A importância da arte e da cultura no processo de formação humana”.
Cici é educadora popular e graduada em Artes. Ela diz que “os processos que vinculam a formação da arte, cultura e educação, com o foco mais à sala de aula, principalmente na formação de jovens, adultos e idosos, instiga a criatividade justamente porque a arte tem esse poder de formação da sensibilidade e aguça os sentidos”.
Alfabetizadores
A educadora popular Rosana Dias de Jesus Brito relata que essa terceira formação serviu para aprimorar o método de trabalho aplicado nos cursos. “A iniciativa da Prefeitura de Belém, ao se preocupar em alfabetizar as pessoas, é importantíssima, pois existem muitas pessoas que não tiveram oportunidade de ser alfabetizados ”, frisa a educadora.
Eduardo Protázio Filgueiras, 26 anos, concluinte do curso de licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará, é um dos educadores que atua nas turmas do MST com o método “Sim, Eu Posso!”, no distrito Dagua. Ele reconhece a importância das formações continuadas.
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