A exposição “Itinerários da Independência”, no chamado Caminhão Museu, é uma das ações comemorativas do bicentenário da Independência do Brasil. A mostra, organizada pelo Senado Federal em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chegou em Macapá (AP) e em Belém. Na capital paraense ficará aberta ao público nos dias 3 e 4 de abril (segunda e terça-feira próximas), no Portal da Amazônia.
A abertura foi neste domingo, 2, com um conteúdo que interessa todos: conta a história do Brasil independente, com o acompanhamento de cinco monitores.
O Caminhão Museu também dispõe, para a exposição, um universo de informações distribuídas em salas de cinema, com projeções de vídeos curtos, como videoanimações e de realidade virtual. O visitante poderá ser fotografado participando de dois momentos históricos desses itinerários. Tem ainda biblioteca com livros e HQs sobre a independência.
História de forma dinâmica
A pedagoga Marcela Lorrany Santos, 39, trouxe os filhos Douglas, 8 anos, e Davi Santos, 12, para conhecer de uma forma dinâmica a história do Brasil.
“Eu amo história e sempre que a gente faz uma visita a algum lugar busca recordar tudo o que estudamos na época de escola”, conta Marcela. “E quando a gente vem ao museu e, numa exposição maravilhosa, vê o que realmente aconteceu de uma forma lúdica e divertida, presencia aqueles momentos cruciais da nossa história; só posso gostar demais!”.
O pequeno Douglas aprovou o Caminhão Museu. “Eu achei muito legal, gostei bastante e também gostei dos livros”.
A professora aposentada Maria do Socorro Alencar, 71, acompanhou o neto Danilo Dias, 11 anos, pela biblioteca do Caminhão Museu. Para ela é importante despertar o conhecimento sobre a história da Independência do Brasil.
“Eu quis vir ver de perto e o meu neto é muito interessado em livro e quis acompanhar. Tá sendo interessante”, disse Maria.
O Caminhão Museu
O veículo dispõe de modernos recursos audiovisuais e bibliográficos para contar a história dos vários projetos e conflitos que existiram em torno desse processo político no Brasil. Ficará estacionado no Portal da Amazônia e aberto para visitação pública nos dias 3 e 4 de abril, a partir das 8h30.
Cerca de mil estudantes da rede municipal de ensino estarão na exposição, em mais uma ação pedagógica proporcionada pela Prefeitura da Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec).
Exposição itinerante
Os visitantes têm também oito computadores, para acompanhar podcasts e acessar o site “Itinerários Virtuais da Independência”; há 11 painéis com reproduções de obras de artistas, brasileiros e estrangeiros e painéis instagramáveis com dois personagens exemplares da luta pela Independência no Brasil.
A Secretaria Municipal de Educação (Semec), Araceli Lemos, ressalta que “é importante receber a exposição porque Belém foi palco de uma luta intensa por independência: não necessariamente ao império, mas uma revolta e várias lutas, tanto que fomos a última região a aderir à independência do Brasil”.
Araceli acrescenta. “A nossa adesão à independência aconteceu no dia 15 de agosto de 1823. Então, não é possível fazer uma exposição que conte o bicentenário da Independência sem considerar todo o processo de luta que aconteceu aqui”.
Colocar a história em debate
A pesquisadora do projeto República da Universidade Federal de Minas Gerais, Marcela Telles, explica que o objetivo do projeto é colocar em debate a história da Independência.
“Para além das margens do Ipiranga: a independência do Brasil começou muito antes do 7 de Setembro. Vir aqui para o Grão Pará é muito importante pra gente porque aqui foi o último lugar a aderir ao projeto Império do Brasil”, explicou a pesquisadora.
Para a realização da exposição, a Prefeitura de Belém envolveu as secretarias de Educação, Mobilidade Urbana (Semob) e Companhia de Tecnologia de Informação de Belém (Cibesa).
Texto: