Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado neste domingo, 2 de abril: pela manhã, familiares, professores e pessoas com espectro autista se reuniram, na Praça Batista Campos (bairro Batista Campos), para pedir “mais informação e menos preconceito”.
Conscientização e festa, com a presença de centenas de pessoas, crianças autistas, serviços gratuitos e a valorização do espaço público como lugar de felicidade.
O objetivo principal da ação (da Prefeitura de Belém em cooperação com o Governo do Estado) foi chamar a atenção da sociedade civil para a importância de saber sobre as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Prefeitura também levou à praça diversos serviços gratuitos, de saúde, de educação, brincadeiras lúdicas, caminhada e programação cultural.
“O dia 2 de abril é importante para conscientizarmos as pessoas em terem menos preconceito”, reforça a arquiteta Vanessa Ribeiro, mãe do Lucca Ribeiro, 6 de anos de idade. “É muito fácil as pessoas julgarem o comportamento deles sem, ao mínimo, querer entender o que tá acontecendo. Nós somos julgados como pais e eles são julgados como crianças tolas. Às vezes, não é isso”,
Estudante do ensino médio, Richard
Richard, 16 anos de idade, estava empolgado com a participação na caminhada. Ele sonha ser jornalista e aproveitou para entrevistar o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, presente à caminhada.
“É importante valorizar esse momento, valorizar sempre essas pessoas e seu conhecimento”, destacou Edmilson Rodrigues.
A mãe do Richard, a professora de Educação Especial Rosemery Pires, estava emocionada: “Entre tantas habilidades, o Richard tem o hiperfoco. E ele diz que vai ser jornalista e todas as vezes ele supreende a gente”, disse Rosemery.
A professora também destaca que a luta continua para que a sociedade tenha consciência e respeito: “Tudo começou com a luta dos pais com a sociedade civil e a gente vê hoje o estado e município nos dando esse suporte. E isso nos engrandece e afaga nosso coração de saber que valeu a pena”, se emociona Rosemery.
Trabalho integrado
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ressalta o trabalho integrado da Prefeitura, com as secretarias municipais de Educação e de Saúde. “É todo um acompnhamento integrado e especial que permite o desenvolvimento da pessoas com autismo. Às vezes, nossos alunos se comunicam, em poucos dias, com professores e familiares. Garantimos o desenvolvimento dos potenciais destas crianças”.
1.234 crianças com autismo
O público que passava pela Praça Batista Campos pôde compreender também o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Belém, via Secretaria Municipal de Educação (Semec), no Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) Gabriel Lima Mendes.
O Crie hoje atende a 1.234 estudantes com autismo: correspondentes a 52% da demanda total do atendimento da educação inclusiva municipal, que alcança 2.254 pessoas com os mais variados tipos de deficiência.
A coordenadora do Crie, Tatiana Vasconcelos, explica que no Centro é feito o atendimento educacional especializado: por meio de processo da avaliação, formação e do atendimento educacional específico: “Somos responsáveis por esse atendimento nas escolas municipais fazendo a formação, o assessoramento e a avaliação dos estudantes com uma equipe multiprofissional”, informa Tatiana.
A ação na Praça
A equipe da Saúde Municipal (Sesma), com a Saúde Estadual (da Sespa), executou as ações com emissão do cartão do SUS; atividades lúdicas; esporte adaptado; Práticas Integrativas Complementares /Auriculoterapia; Educação em saúde (sinais de alerta para o autismo e desenvolvimento infantil) e vacinação.
A ação ainda contou com estandes do Crie e da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob).
Abril de palestras
Durante o mês de abril, a Prefeitura desenvolverá, via Semec, atividades e palestras para debater dois temas principais: a educação inclusiva e o acolhimento aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidos pela rede municipal de Educação.
02 abril Dia Mundial de Conscientização sobre Autismo
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 18 de dezembro de 2007, para difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas com o espectro.
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