A Prefeitura de Belém, por meio do Sistema de Bibliotecas Escolares (Sismube) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), tem como proposta de incentivo à leitura para 2022 o projeto “Belém cidade alfabetizada, educadora, leitora e inclusiva”, que oferece capacitação aos educadores e bibliotecários para aguçar ainda mais o gosto e a prática da leitura nas escolas, fazendo uso das 83 bibliotecas escolares e dos 75 Baús de Histórias itinerantes e dessa maneira tornar a capital paraense território livre do analfabetismo, democratizando o acesso ao livro, promovendo e incentivando o fomento da cultura leitora na rede municipal de ensino.
Para isso, o Sismube realizou um encontro formativo no último dia 18 de fevereiro visando tornar as bibliotecas da rede municipal de educação espaços verdadeiramente acolhedores, oferecendo ainda mais acesso à leitura, às crianças, aos jovens, aos adultos, aos idosos e profissionais da educação, de forma dinâmica e prazerosa.
A Semec entende que o livro e a leitura se tornam caminhos de transformação social quando são democráticos e, principalmente, acessíveis. E acredita que é importante investir em formação para que se possa desenvolver um conjunto de ações de disseminação da cultura leitora na escola, articulando práticas de leitura, escrita e oralidade nos diferentes níveis de ensino.
No encontro virtual foi possível debater as diretrizes do projeto de Mediação de Leitura e Biblioteca Escolar para o ano de 2022 que tem como tema “Belém cidade leitora: literaturas, culturas, fazeres e saberes dos territórios de aprendizagens do campo e da cidade”, destacando como o processo de mediação deve zelar pela formação de leitores críticos, criativos e autônomos, capazes de ler e transformar o mundo, reafirmando a importância do ato de ler como ato político e emancipatório, o que mostra o trabalho pautado na filosofia educacional de Paulo Freire, patrono da educação brasileira.
Participaram representantes dos oito territórios educacionais, distribuídos nos distritos de Belém, onde foram debatidas questões como protocolo de segurança, as diretrizes e eixos temáticos para o trabalho as bibliotecas escolares e projeto de mediação de leitura realizada por licenciados em Pedagogia e Letras, e bibliotecários.
O projeto – O Sismube tem como meta a articulação de parcerias para a integração dos projetos de Mediação de Leitura e Biblioteca Escolar em todos os turnos; a articulação de parcerias para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares intra e extraescolar; o mapeamento cultural nos territórios com o levantamento dos sujeitos produtores de cultura, espaços, movimentos e dinâmica do lugar trabalho com gêneros e obras diversas, incluindo pelo menos duas autoras (es) paraenses; e a visitação de escritores e contadores de histórias e outros artistas que possam atuar no espaço da biblioteca.
Entre as ações previstas para este ano estão a aquisição de 50 mil livros com ênfase na produção literária local para compor o acervo das bibliotecas escolares e Baús das Histórias; a aquisição de equipamentos (computadores, impressoras, projetores etc.) para as bibliotecas escolares da rede municipal; a aquisição de mobiliários (mesas, cadeiras, armários de aço etc.) para as bibliotecas escolares da rede municipal de ensino de Belém; e a compra de um software (Pergamum) para o gerenciamento das atividades essenciais das bibliotecas escolares.
Para a secretária municipal de Educação, Márcia Bittencourt, garantir o acesso ao livro e à literatura “é um direito humano e fundamental na formação de sujeitos críticos, criativos e emancipados, contribuindo assim para a construção de uma cidade leitora”. E proporcionar um espaço ideal para que isso ocorra, promove bem-estar aos leitores e às leitoras.
A técnica formadora do Sismube, Rita Melem,afirma que o encontro formativo foi mais um momento de construção coletiva e dialógica com os educadores e bibliotecários das bibliotecas escolares e projeto de Mediação de Leitura, no sentido de orientar o fazer pedagógico a partir da definição de suas diretrizes de organização e funcionamento para o fomento de uma cultura leitora no interior das unidades educativas da rede municipal que transborde para os seus territórios, gerando novos saberes e aprendizagens e que concorram para a afirmação de Belém como uma cidade leitora.